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A associação Opus Dei e Judeus: mais uma seita infiltrada na Igreja?

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Seria a Opus uma seita? Escândalos sexuais, acusações graves de sodomia contra Escrivá, controle mental dos membros que devem fazer relatórios semanais de tudo que leem, ouvem, falam, fazem a seus "confessores", criptojudaísmo, estrutura maçônica tudo muito bem explicado no livro Opus Judei disponível aqui: http://www.nacionalismocatolico.com/Opus%20judei.pdf
Abaixo: relações de Escrivá com os judeus; páginas 203, 204, 205



Como será um futuro gay?

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1- Duplas de homens adotarão garotos com os quais manterão relações sexuais; a pedofilia se tornará generalizada dado que para gays não existem critérios de certo e errado em matéria de desejo sexual. 

2- Milhares de rapazes, forçados a aceitar a homossexualidade como "normal", desenvolverão trejeitos afeminados para serem aceitos, se transformando em gays em potencial, tornando o comportamento viral. 

3-Milhões de mulheres terão seu desejo por um marido frustrado o que fará muitas virarem lésbicas enquanto outras se tornarão solteironas cheias de problemas psicológicos. 

4- O fim do papel tradicional homem e mulher deixará adolescentes no limbo quanto a saber que identidade assumir abrindo um vácuo moral e civilizacional que levara a sociedade ao completo caos. 

5- Como a família desaparecerá e os vínculos serão fundados no desejo libidinal e não no sangue, conceitos como patrimônio, herança, linhagem, origem familiar, desaparecerão e criarão um sujeito atomizado sem raízes, destroçando a noção de nação, dependente da noção de família natural. 

6- O direito, enquanto conquista civilizacional, será destruído. Não haverá mais noção estável de lei ou de limites. Será, assim, impossível determinar o justo que cederá lugar a última exigência da vontade sob influxo da libido. 

7- O pansexualismo será a consequência final disso tudo. A zoofilia será legalizada, inclusive. Em tempo a Revista Void publicou em 2010 um artigo intitulado tire os filhotes da sala, onde são defendidas as teses do "filósofo"David Singer, que em Deares Pet: On Bestiality, diz que a relação entre humanos e outras espécies não tem nada de criminoso, desde que seja mutuamente gratificante – e isso inclui o sexo com animais”.

Obs. : É bom sempre lembrar quem está por trás da coisa-http://catolicidadetradit.blogspot.com.br/2013/04/por-que-os-judeus-estao-apoiando-o_17.html

Lobby judeu e o casamento gay nos EUA!

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Vice-presidente dos EUA admite o lobby judeu para a aprovação do "casamento gay": http://www.rafapal.com/?p=21522


Mais uma vez amigos o antigo inimigo da cristandade dá as caras e mostra qual o seu objetivo: anarquizar tudo para tudo dominar. 

Quem tiver boa vontade e abertura de espírito que analise tudo isso e veja. 

Deus nos ajude!

Para entender o que os judeus querem com tudo isso:

 http://muralhadefogo.com.br/Downloads/e_books/Os%20Protocolos%20dos%20Sabios%20de%20Siao.pdf

A seita do sr. Olavo, parte II - O pensamento de Olavo e a maçonaria

ISIS, desculpa dos EUA para a guerra total!

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Hoje a mídia internacional divulgou a fala de um diretor da CIA sobre o perigo mundial do ISIS. A preocupação do governo americano passa a idéia de que o ISIS seria um poder internacional a recrutar jovens de várias nacionalidades e por isso seria um poder etéreo capaz de se fazer presente em qualquer lugar; a CIA então vem espargindo o discurso de que o ISIS é o grande mal a ser combatido agora. 

A medida que os EUA se torna uma sociedade cada vez mais multi-cultural, pode-se achar mais difícil moldar um consenso sobre questões de política externa, exceto nas circunstâncias de uma ameaça externa direta, verdadeiramente maciça e amplamente percebida. Ou seja: unificar o império só é possível se os seus súditos acreditam num inimigo externo, tão poderoso que possa destruir a"liberdade americana"( cujo último fruto foi a liberalização em todo o território dos EUA, incluídos estados que proíbiam expressamente tal coisa, do "casamento" gay). 

Nos últimos dias veio-nos a notícia de que a Turquia está a aumentar o suporte aos EUA em suas ações na Síria com a justificativa de combater o ISIS(http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/07/turquia-bombardeia-posicoes-do-ei-na-siria-apos-morte-de-soldado.html). Como se sabe a Turquia é aliada dos EUA desde a guerra fria(quando os EUA instalaram na Turquia uma base de mísseis voltada ao território soviético). Nós últimos anos cresce na Turquia o neo-otomanismo(que é uma é um ideologia política turca que, em seu sentido mais amplo, promove um maior engajamento político da moderna República da Turquia dentro de regiões anteriormente sob o domínio do Império Otomano, o seu estado predecessor. O Império Otomano foi uma potência mundial influente que, em seu pico, controlou os Balcãs, a maior parte do moderno Oriente Médio, a maioria dos norte da África e do Cáucaso. A política externa Neo-Otomana promove um maior engajamento nessas regiões como parte da crescente influência regional da Turquia. Essa é a política externa do atual governo de Erdogan). Qual a relação disso com o poder americano na região? Ora como durante o império otomano o poder anglo-saxão(do império inglês) era aliado aos turcos, em vista de exercer sobre o Oriente Médio sua influência, o que está a se passar agora é idêntico: os EUA herdeiro do poder inglês, busca na Turquia uma base de apoio para sua expansão na região. 

As consequências disso são as seguintes: 

1- Um reforço da coalização anti-Assad que é um dos líderes da resistência a Nova Ordem Mundial americanista no Oriente Médio e aliado russo;

O volume de ataques aéreos feitos por estados membros da tal "coalizão anti-ISIS", alguns dos quais são países "ricos e avançados", não passa de dez raids por dia sobre territórios da Síria e do Iraque. A Força Aérea da Síria, que é muito pequena se comparada à tal "coalizão", faz, num único dia, de cinco a dez vezes mais ataques aéreos contra o ISIS, que a "coalizão" que reúne forças armadas de 60 países. Isso mostra que o objetivo real não é acabar com o ISIS mas usá-lo como razão para justificar invasões de territórios e intervenção em certos países ainda não suficientemente americanizados. Há uma conexão entre a crise síria e o que se passa na Ucrânia. Primeiro, porque os dois países são importantes para a Rússia. Segundo, porque nos dois casos há um objetivo de impor ali governos fantoches do ocidente ateu-liberal.

2- Como a guerra americana é apresentada como guerra contra um inimigo sem estado - no caso o ISIS - então a guerra vira um empreendimento mundializado, aterritorial, ilimitado e global. Caso a CIA considere que o ISIS está a operar na Terra do Fogo irá intervir ali sob as bençãos da OTAN. 

O interessante é vermos a atuação conjunta das mídias ocidentais - buscando convercer o público ocidental do perigo do ISIS para dar aos EUA a "legitimidade necessária" para seus ataques na medida em que consegue a simpatia da opinião pública para a causa - às ações militares no Oriente Médio. 

Alguém ainda acredita na liberdade de imprensa? 

Para entender o perigo que está por trás da expansão do poder dos EUA no mundo: 

http://catolicidadetradit.blogspot.com.br/2014/12/por-que-os-eua-substituiram-biblia-pela.html

http://catolicidadetradit.blogspot.com.br/2014/04/eua-patrocinam-leis-pro-lgbt-no-mundo-o.html

http://catolicidadetradit.blogspot.com.br/2013/11/o-radical-conflito-entre-eua-e-igreja.html


Por que ouvir a CNBB é impossível?

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Dom Mayer explica o que é a CNBB! 

CNBB Atéia?

Monitor Campista, 19/07/1987


A revista internacional 30 Giorni (6 de junho de 1987) noticia o empreendimento da CNBB de levar os fiéis a se interessarem por que os constituintes propunham uma Carta Magna do país inteiramente leiga, ou seja, tal e por princípio fora e acima de toda crença religiosa (Os bispos pedem: “A nova Constituição deve ainda defender o direito à livre escolha religiosa, política e filosófica” — p. 73).


Implicitamente propõe a afirmação de que a Nação e, pois, o Estado são uma realidade independente de Deus, alheia totalmente à idéia e realidade que é Deus Nosso Senhor. O Estado é, Deus exista ou não exista. Ou melhor: o Estado não cogita de Deus.


Seria impossível atitude de oposição mais radicalmente atéia; e, pois, mais radicalmente anticristã. Com efeito, o cristianismo é a afirmação de Deus como o Ser que domina os seres. Ele é. Sem Ele não há ser. Os seres fora Dele são, ou seja, existem por Ele.


De onde a campanha promovida pela CNBB é a mais anticatólica possível. É totalmente atéia; a CNBB acha que o Estado deve ser arreligioso no sentido de parificar todas as religiões e até mesmo o ateísmo.


Terá sido esta a razão pela qual se constituiu este organismo oficial da Igreja Católica no Brasil que se chama CNBB?


* * *


Fonte: O Pensamento de Dom Antonio de Castro Mayer, Ed. Permanência.

Rock In Rio: satanismo, sexo e ofensa a Deus em imagens!

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"Mistura de ritmos e de gêneros musicais, de sons e tradições, a música corre mais depressa que os homens; ela conseguiu realizar a verdadeira revolução deste século" (...). Ela é, ao mesmo tempo, o espelho e o instrumento de uma transformação política e cultural sem igual na história." (Le Nouvel Observateur no. 1441, 18-24, junho de 1992, artigo de Elizabeth Schemla - La Révolution Musique, pag. 4).
  
O Rock in Rio 2015 foi mais um capítulo dessa revolução: começou por escandalizar o público com um vocalista gay afetado, Adam Lambert do "Queen": que não reste dúvida do que o Queen representa; Mercury se vestia com um visual andrógino e cultivava o rock glam fortemente gay, com musicalidade mais adocicada e exótica sem perder a fora da guitarra. Adam é só a continuidade piorada.
Políticos do erotismo, arautos da desordem e do caos, propugnadores da ação sem qualquer sentido. Rebeldes contra a sabedoria e a lei. Apóstolos da irracionalidade e do desespero: é isso que são os líderes do movimento rock. Neste final do século XX, século que assistiu o nascer, o triunfo e o desmoronamento surpreendentemente rápido e imprevisto de tantas ideologias revolucionárias, uma revolução se mantém e aparece como triunfante. Ela impôs uma nova "arte", uma nova moda. Ela quer a libertação de todas as leis, regulamentos e normas sociais. Ela se impõe à sociedade liberal, querendo que ela se torne libertária. Ela exige o permissivismo. Contra tudo o que é refinado e aristocrático, ela ostenta a preferência pelo que é sujo, prosaico, baixo, vulgar ou grosseiro. Ela faz apanágio da obcenidade e da depravação. Radicalmente imoral, exige a liberação das drogas, além de sexo livre .Defende taras e perversões. Quer o absurdo e preconiza a abolição da racionalidade. Naquilo que a arte moderna fracassou, o Rock obteve êxito; torna o feio, o nojento e o monstro admiráveis.
 
A exaltação do homossexualismo de Lambert foi o mote de celebrações de "casamentos" entre duplas gays dentro do evento: http://g1.globo.com/musica/rock-in-rio/2015/noticia/2015/09/casal-de-goias-celebra-matrimonio-com-lua-de-mel-no-rock-rio-video.html

 
Kate Perry estimula o lesbianismo no palco diante do público estupefato e em delírio obsceno.



 
Perry levando o público a excitação histérica e sexual. Embora não seja considerada uma cantora rock mas pop uma música é repleta de batidas rápidas típicas do rock que servem a transformar as massas em coletividades hipnotizadas.

Walter Matt sobre isso escreve: "O martelamento da música Rock visa intencionalmente excitar sexualmente os ouvintes, sobretudo os jovens certamente. Disto pode-se dar uma breve explicação. A música Rock quase não tem melodia, e o texto quase não tem senso - bom senso - ( às vezes tem sentido horrível e espantoso). Resta o elemento essencial: o ritmo, e nosso corpo é sensível a ele. Aos membros da "American Psychiatric Association", o Dr. Howard Hanson declarou:

"Primeiramente, ainda que considerando tudo o mais, quanto mais o movimento ultrapassa em velocidade o ritmo do pulso e sobe além do ordinário, mais também se acresce a tensão emotiva".
Ele cita ainda as observações de Alice English Monsarrat, segundo a qual, com o ritmo do Rock (...) pode-se produzir sobre não importa qual organismo humano uma desintegração histérica, como se notaria numa pessoa que quisesse precipitar-se, com raiva, em duas direções opostas, ao mesmo tempo (...). Tem-se experiência disso em psiquiatria: é precisamente o conflito de emoções criado pela ação de dois estimulantes com percussões divergentes que conduz a nossa clínicas, em grande número, irrecuperáveis destroços de humanidade". (W. Matt, op. cit., pag. 6)

Monsenhor Richard Williamson chega às mesmas conclusões, quando explica os efeitos do ritmo do Rock:

"Dirigindo com cuidado a seqüência dos ritmos, diz John Phillips, do grupo "Mamas and Papas", pode-se induzir a histeria no seio do auditório. Nós sabemos fazê-lo. Qualquer um sabe fazê-lo. E para provar o que diziam, eles causaram um motim num concerto em Phoenix, Arizona!"(Mons. R . Williamson - in Semper no. 2 Revista da Fraternidade Sacerdotal S. Pio X, Portugal, pag. 28)
Rihanna foi outra que ajudou a transformar o evento numa grande plataforma de sexo e obscenidade.
Fãs da degenerada Rihanna, que não passa de uma prostituta famosa. A doença moral dos sujeitos, todos gays afetados é evidente. É clara a influência nefasta da música de Rihanna.


Rihanna é admirada pelo seu público por ser piranha. A arte musical atual serve apenas para degradar o público ao nível animalesco


Motley Clue portando o simbolismo do pentagrama, usado por satanistas.

Os nomes dos grupos evidenciam também a tendência para o horror: Sepultura, Ratos de Porão, Garotos Podres, Três Ratos Cegos (nome do grupo de Rock de Bill Clinton quando era jovem), Black Sabbath, Possessed, Venom, etc. É evidente que tais expressões revelam uma enorme frustação com a vida e uma posição de incompreensão do mundo. A cosmovisão refletida nas letras de Rock é pessimista e negativista. O mundo seria mau em si mesmo e o seu Criador, por isso mesmo, seria mau. Fica aberta assim a porta para a gnose e para o satanismo.

Slipknot acostumando o público com o grotesco visual e musical; resta dúvida que o grande objetivo do rock é destruir o conceito de bom, belo e verdadeiro que tem sua origem em Deus?

É de espantar então que se diga que um concerto de Rock pode ser comparado a um ritual? "Um concerto de Rock, de fato, não é nada diferente de um ritual... No concerto Led Zeppelin, o objetivo é obter energia para os músicos e para o público. Para conseguir isso, precisamos captar fontes de forças mágicas, por mais perigoso que isso seja". [Jimmy Page, guitarrista líder do Led Zeppelin - Basílea Schlink, Rock Music - Woher, Wohin? ( Música Rock de onde vem - aonde vai?) 1a. edição alemã 1989 - Curitiba 1990, pag. 15]

É preciso ser bastante burro para não entender qual é o grande objetivo do Rock in Rio!

 
 

Kasper, o papa "oculto": Em 1986 o Cardeal Kasper já, estranhamente, era influente em um Sínodo!

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Em 1986 Dom Castro Mayer já relatava em um artigo seu, no monitor campista, a presença do herege Kasper como secretario do Sínodo de então:
 
" Para destacar a importância do Concílio Vaticano II, não bastou o sínodo especial convocado por João Paulo II. Julgou-se necessário colocar na assembleia um elemento central que desse unidade a toda a atividade sinodal. Criou-se um secretariado especial. Efeito lógico: esse secretariado seria o espelho de todo o sínodo...Pois o secretário especial do sínodo foi o professor de Tubingen, na Alemanha, Walter Kasper, "um teólogo"...tudo menos ortodoxo, um dos mais insolentes modernistas. Colhamos alguns exemplo nos vários livros que editou: " Do homem e o mundo não se pode subir a Deus( Introdução a fé)- O Vaticano I define precisamente o contrário, de maneira que é dogma de fé: " Deus princípio e fim de todas as coisas pode ser conhecido pela razão natural, a partir das coisas criadas". Kasper ignora e mesmo nega este dogma...de modo geral Kasper declara: "certos dogmas podem ser totalmente unilaterais, teimosos no desejo de ter sempre razão, estúpidos e precipitadamente prematuros(!) Os milagres de Jesus Cristo vão à conta de fantasias que pretendem exaltar Jesus Cristo.
 
...o fato de os promotores do Sínodo sobre o Vaticano II terem escolhido Kasper como o "teólogo" do sínodo indica a finalidade colimada por essa assembleia especial: a subversão da cristologia e da eclesiologia tradicional..." In: Monitor Campista - 13/04/1986; O pensamento de Dom Castro Mayer, textos selecionados, 1972-1989, Editora Permanência, Rio de Janeiro, 2010.

Novamente em um sínodo - agora em 2014/2015 - sobre a família Ksper aparece não mais como secretário mas como eminência parda

Para quem duvida sobre quem esta de fato mandando na Igreja basta ligar os pontos:

http://fratresinunum.com/2015/10/09/o-fator-kasper/

http://fratresinunum.com/2015/04/07/a-revolucao-eclesiastica-e-cultural-do-cardeal-walter-kasper/

Quem manda na Igreja hoje é Kasper, o "papa" oculto!


O misterioso caso "Sidney Silveira"!

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Faz tempo. Sim, faz tempo. Sidney Silveira, o grande professor de tomismo do Brasil,  era um detrator de Olavo de Carvalho. Na verdade nem tanto tempo: faz apenas 4 anos. De lá para cá muita coisa mudou. E mudou para pior.
 
Explicamos: o sr. Sidney, junto a outros sujeitos beligerantes na defesa da tradição doutrinal católica, pareciam ser a esperança de um renascimento da inteligência tradicionalista em terras brasileiras, inteligência que morreu desde que Gustavo Corção - fundador da Permanência - e Plínio Correa de Oliveira - pai da TFP - deixaram este mundo. Renascença obstaculizada pelo sr. Olavo de Carvalho, dublê de católico fervoroso, que, arrastando almas ao seu círculo, sob a aparência de piedade cristã exibida a saciedade em seu "true outspeake" por meio de apelos sentidos a São Pe. Pio e a Virgem Maria, vai aos poucos injetando-lhes a doutrina de um Mises - que aprovava a usura e o lucro sem limites no campo da ação econômica, coisa reprovada pela doutrina social da Igreja - de um Lonergan - que nega a possibilidade de conhecer Deus por via da razão, heresia condenada pela Dei Filius do Vaticano I - de um Guenon ou Schuon - pais do esoterismo perenialista - e daí para baixo.  
 
Isto parecia claro ao sr. Sidney. Faz tempo, todavia, que parecia. Hoje é diferente.
 
Pois vejamos: naqueles anos de outrora Sidney, como um cruzado católico, não poupou golpes ao falso mestre, aqui http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2011/07/neotomismo-uma-ideologia.html.
 
Olavo deixou claro o que pensava de Sidney aqui: http://www.olavodecarvalho.org/textos/110815desconversador.html
 
Para deixar evidenciada a qualidade chã das palavras do guru a Sidney reproduzimos um trecho do artigo calunioso de Olavo bem ao estilo do mesmo:
 
"Nos anais da safadeza universal, o Sr. Sidney Silveira ocupa um lugar modesto, mas especialíssimo pela originalidade: é o primeiro sujeito que tenta escapar de uma acusação de crime mediante a alegação de ser mais erudito em matéria filosófico-teológica do que o denunciante. Cada vez que o acuso de ter falsificado propositadamente o sentido de um texto meu para me indispor com a Igreja Católica, lá vem ele novamente dizendo que quem entende de Sto. Tomás Aquino é ele, que minhas idéias filosóficas estão erradas nisto ou naquilo, que não existe conhecimento intuitivo das essências ou que Edmund Husserl era herético. Após alguns parágrafos, o assunto inicial – o crime – desapareceu por completo: a imputação criminal tornou-se debate filosófico, elevando o criminoso à condição honrosa de adversário intelectual da vítima e deixando a investigação dos fatos para o dia de são nunca. "
 
As coisas estão aí expostas! Sidney vinha - segundo Olavo mesmo testemunhou - apontando os erros do falsário.
 
Marcando terreno apologético Sidney respondeu ao astrólogo nestes termos
A história é esta.
 
O mistério começa quando e como - por que ninguém sabe ao certo - o estimado professor de tomismo, inexplicavelmente recua. Há quem diga que foi gratidão a Olavo http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2012/08/agradecimento-olavo-de-carvalho.html. Até agora, entretanto, não ficou claro por que tamanha gratidão exigiria como contraparte calar-se a respeito dos erros claríssimos do tariqueiro.
 
Afinal o que o sr. Sidney deve ao Olavo? A sugestão de abrir um pay pal para arrecadar grana a fim de fazer um tratamento de saúde?
 
Cada um sabe onde o calo lhe dói. Não quero aqui entrar em elucubrações sobre questões de ordem íntima do sr. Sidney.
 
Independente do que tiver se dado nada, absolutamente nada, justifica calar-se quando a fé está em risco e quando um professor herético se faz passar por católico para arrebanha alunos. A vida da fé está acima de tudo. O amor a Deus está acima de qualquer gratidão ao próximo. Ainda que um ateu tenho salvo minha vida eu não estou autorizado a aplaudir seu ateísmo.
 
Hoje o sr. Sidney mais uma vez decepcionou os católicos tradicionais. Não bastasse seu silêncio sobre os erros de Olavo, ele vem se aproximando do círculo da neodireita que tem tendências liberais, direita que ele denunciava anos atrás aqui http://allanlopesdossantos.com/2010/07/03/catolico-de-direita/.
 
A última do sr. Sidney foi tirar uma foto com o bibelô olavista da Veja: o deplorável liberal Felipe Moura Brasil.
 
Não foi só uma foto, foi uma exaltação:
 
 
Nossa reação foi lançar ao Sidney a seguinte questão no facebook:
 
Rafael: "Esse é aquele que organizou um livro com artigos do Olavo onde o mesmo, no artigo capitalismo e cristianismo, diz que a Igreja foi culpada pelo nazismo dizendo que a DSI e um erro e que o dogma da infalibilidade decretado por Pio IX foi uma compensacao psicologica pelo fracasso politico dos papas?"
 
A questão era fácil: bastava dizer sim ou não. Sidney tergiversou. Não disse nada. Calou-se quanto a substância da pergunta. É compreensível. Ele não poderia dizer nada. Caso dissesse sim se instauraria ali uma inquirição. Caso dissesse não mentiria. Ficou sem saída.
 
E sem saída Sidney deu uma resposta estética e retumbante mas vazia a qual nós reponderemos aqui:
 
Sidney : “Tout homme peut bafouer la cruauté et la stupidité de l'univers en faisaint de sa vie proprie un poème d'incoherence et d'absurdité”. Gabriel Brunet. (TRADUZO LIVREMENTE: “Qualquer homem pode escarnecer a crueldade e a estupidez do universo enquanto faz da sua própria vida um poema de incoerência e absurdidade”.)

Serei o mais breve possível.

O Brasil atual não precisa de cultura. O Brasil atual precisa, antes de tudo, e com extrema urgência, de civilidade, a qual pressupõe certos parâmetros comportamentais de convivência entre desiguais."
 
Resposta nossa: O Brasil atual precisa de homens corajosos. Essa civilidade burguesa da qual o sr. fala não passa de polidez. Não há que se ter polidez com inimigos da boa sociedade.


Sidney: Vale aqui dizer o seguinte: a civilidade, por participar da virtude cardeal da prudência, é o pressuposto da verdadeira cultura — seja filosófica, seja política, seja moral, seja espiritual. Onde não reina esta prudência cívica, que é um dos esteios da paz social, toda divergência descamba para o ódio, para as contendas, para as rixas, para as detrações, para as desavenças de todos os tipos. Trata-se, em síntese, de discussões que saltam a galope por cima dos padrões éticos sem os quais tudo conflui na direção das ofensas perpetradas por rufiões, por bêbados, por escroques, por psicopatas.

Peço perdão por usar-me agora como exemplo de civilidade, em ocasião que teve a sua lhana pessoa como protagonista.

Em comentário na página de um dos irmãos Velascos — no qual, curiosamente, não fui marcado —, você certa vez chamou-me “cafajeste”, enquanto discutia com uma dúzia de pessoas manejando adjetivos ofensivos com notável proficiência, ou melhor, com proficiência quase miraculosa, se levarmos em conta o seu habitual desleixo para com as normas gramaticais. Mostrei a coisa à minha esposa, que ficou pasmada.

Aquilo parecia um debate no inferno: todos a se ofenderem mutuamente, e em português macarrônico! Lindo, lindo. Qual foi, pois, a minha reação diante da injúria com a qual fui agraciado?
Mantive silêncio para ver até onde você iria, e sequer consultei o meu “Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders” (DSM-5) com o intuito de verificar se o seu comportamento estava ali classificado. E não o consultei porque você não é louco; na melhor das hipóteses, é apenas pessimamente educado e imprudente.
 
Resposta nossa: A prudência da qual o sr. fala não é a  virtude da prudência mas a prudência da carne. Cito exatamente um texto vosso para aclarar meu ponto de vista :
 
" Portanto, se a perplexidade de qualquer situação se impõe à consciência de uma pessoa — seja em razão do escândalo, seja em razão de contrariar o bom senso, seja em razão de favorecer o mal em detrimento do bem, seja em razão de ir contra a lei, etc. —, é dever dela se munir de critérios que a conduzam à certeza moral. Caso contrário, o pecado de omissão é gravíssimo. Esta é, a propósito, a situação de pessoas cuja covardia se reveste do molde da falsa boa consciência, esta mesma que as faz acusar temerariamente quem não se mantém no marasmo, como elas. Em verdade, com total incerteza moral alegam agir com prudência e movidas por amor a um bem maior; infelizmente, trata-se da chamada prudência da carne— tipificada, em sentido próprio, não pelo amor ao bem, mas pela hesitação culposa entre o bem e o mal, pelo temor mundano de ferir susceptibilidades ou perder algum benefício adquirido." 

 http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2013/03/a-certeza-moral-e-crise-da-igreja.html
 
É exatamente isso que se dá sr. Sidney: você hesita entre bem e mal por medo, covardia, etc. Talvez tema perder benefícios. Não sei quais mas não duvido que isso, também, seja uma das razões de vossa covardia atual.
 
O senhor diz que eu teria vos chamado de cafajeste. Não lembro. Printou? Caso tenha feito me mostre. Caso tenha dito, assumirei o que, porventura, tenha dito e não vou negar o que disse. Ocorre que preciso das provas. Afirmação desse tipo merece esclarecimento.  
 
Desde já deixo claro que não é meu feitio acovardar-me. Este hábito é vosso. Talvez tenha me excedido quando disse o que o sr. alega que eu falei. Talvez o sr. não seja cafajeste mas apenas alguém que sente medo ou alguém que perdeu, inexplicavelmente, o juízo. O que sei é que o senhor poderia ser o maior apologeta católico do Brasil. Talvez o sr. passe a história como aquele que poderia e não foi, como aquele que recuou da possibilidade de restaurar a inteligência católica no Brasil confrontando uma falsa direita para se limitar a traduzir livros. Talvez seja só isso e nada mais. Se for só isto me perdoe por meu juízo temerário.
 
Quanto ao "desleixo com regras gramaticais": em meio informal e rapidíssimo como o facebook isso acontece. Mas nada disso tem muito importância aqui senão desviar o foco do problema e da pergunta lançada. Segundo Mirandola até os escolásticos eram acusados de escrever mal e de conhecer mal o latim - Barbaro e Pico, filosofia, 56 - mas eles estavam preocupados demais tentando descobrir a verdade para se ocuparem com o que estava em acordo ou desacordo com a língua romana. Petrarca atrai mas desaponta quando analisado mais de perto. Já Dante tem um estilo grosseiro, duro, vago mas é mais profundo que Petrarca. Tuas palavras, tuas verborragias são catedrais estéticas mas não respondem a pergunta que fiz. Fazes mil rodeios para não ter que assumir o que não podes assumir.

Sidney : 1- O Felipe Moura Brasil é o sujeito que, na revista Veja, realiza hoje um belo e corajoso trabalho de resistência ao petismo, denunciando esquemas escusos deste governo que nos massacra por todos os lados. Se ele não fizesse absolutamente mais nada, já teria toda a minha simpatia por enfrentar de frente a turma do Foro de São Paulo.
 
Resposta nossa: Entendo. Mas eu não vou responder isso aqui. Quem vai responder é o senhor com seu texto "católico de direita?";
 
"Uma das teses do catolicismo liberal — que, no Brasil, tem uma face mais ou menos homogênea, fomentada e moldada por sociedades discretas ou secretas — é a de que o católico só pode ser, por definição, um sujeito de “direita”, dada a incompatibilidade patente entre o Evangelho e os esquerdismos de todo tipo. Esses grupos, à força do poder do dinheiro e de sua notável organização, vão aos poucos disseminando e aplicando à realidade brasileira conceitos alienígenas, extraídos da política norte-americana e adaptados, por uma torção lógica, às terras tupiniquins. Uma política, obviamente, autônoma ou alheia às verdades da fé, pois outra tese muito cara a esses liberais, escrutinada numa série de textos do Contra Impugnantes, é a de que o poder material não deve prestar contas ao espiritual, dada a separação entre o Estado e a Igreja, para eles uma grande conquista do mundo moderno. A ordenação do Estado à Igreja seria acidental* ou indevida. Uma intromissão, uma usurpação de direitos...Quando menciona em meios católicos que o socialismo foi anatematizado pelo Magistério, essa gente maliciosa omite o fato de pesar sobre o liberalismo pluriforme uma condenação ainda maior, de vários Papas. Em síntese, esses liberais eliminam um dos dois gládios da Igreja militante (o principal deles), e, assim, se sentem bem mais à vontade para defender a idéia de que o católico ou será de direita ou… anathema sit! Pura cortina de fumaça para estabelecer uma mentira insidiosa, afrontosa à fé e, por conseguinte, contrária ao Magistério."
 
O senhor condena a si mesmo.


O restante de vossa resposta é só blá, blá, blá para não responder a pergunta que não quer calar sr. Sidney:
 
""Esse - Felipe Moura Brasil - é aquele que organizou um livro com artigos do Olavo onde o mesmo, no artigo capitalismo e cristianismo, diz que a Igreja foi culpada pelo nazismo dizendo que a DSI e um erro e que o dogma da infalibilidade decretado por Pio IX foi uma compensacao psicologica pelo fracasso politico dos papas?"
 
Para fechar faço mais uma pergunta: é lícito ao católico exaltar uma figura que trabalha para uma revista que milita contra a moral católica e a lei natural e que defende a laicidade?
 
Não se acovarde sr. Sidney, responda-nos!!
 
 

Série Olavo mentiu para mim; episódio 1: Olavo, globalismo e EUA!

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Série Olavo mentiu para mim



“Pensamos que é tempo de reagir contra a insanidade da absoluta confraternização que se pretende impor entre o Brasil e a grande república anglosaxônica de que nos achamos separados, não só pela grande distância, como pela raça, pela religião, pela índole, pela língua, pela históriae pelas tradições do nosso povo” - Eduardo Prado. In: A ilusão americana. São Paulo, Ed. Brasiliense, p.7.

Esclarecimento

Toda vez que uma reação contra-revolucionária nasce na Igreja - a única que pode salvar a civilização ocidental - aparecem líderes que capturam essa reação para dentro de movimentos puramente civis que apresentam como problema central a questão política e escamoteiam a raiz teológica-religiosa da crise do ocidente. É o caso de gente que é anticomunista mas pouco antiliberal ou daqueles que são antiliberais mas pouco anticomunistas, ou o dos que opõem EUA x Rússia, ou dos que acreditam totalmente na direita americana, nos eurasianos, etc. Na França, recentemente, houve manifestações de católicos contra a sodomia. O que fizeram? Ao invés de um bispo, cardeal ou leigo católico assumir a liderança quem assumiu foi uma humorista lésbica que embora contra o casamento gay no plano civil é a favor da cultura LGBT. Está dando tudo certo. A dialética judia governa a cabeça dos católicos de hoje. Nosso objetivo é desmontar esta trama diabólica.

Artigo 1 da série:

Olavo, globalismo e papel dos EUA

Uma análise da arquitetura teórica do pensamento olaviano


Introdução

Anos a fio o sr. Olavo de Carvalho vem apresentando os EUA, sua cultura e civilização, como bastiões do ocidente. Em seu debate com Dugin ele repudiou que se classificasse os EUA como a ponta de lança da Nova Ordem mundial.

O conceito do sr. Olavo é que a NOM( Nova Ordem Mundial) vem se efetivando a reboque dos interesses nacionais americanos. Uma elite econômica se valeria das estruturas do Estado americano para impor sua agenda global, que seria inclusive destruidora da identidade americana, dos EUA profundo.

É exatamente esta questão que pretendemos analisar. Olavo tem razão ou mentiu quanto ao papel dos EUA no que tange ao globalismo?

Parte 1- Entrando no labirinto olávico

1.1 A conceituação do sr. Olavo sobre a relação EUA – Globalismo

Anos atrás, o sr. Carvalho ao publicar a obra “ O Jardim das Aflições”, asseverou o seguinte a respeito dos EUA:

“os Estados Unidos vão "unificando e homogeneizando a humanidade, impondo por toda parte suas leis, seus costumes, seus valores, sua língua, e, administrando sabiamente as diferenças nacionais, é elevado à condição de supremo magistrado do universo". O Império, segundo Olavo de Carvalho, é "destituído de convicções teóricas", apoiando, indiferentemente, a revolução ou a reação, a escravatura ou a abolição, o moralismo puritano ou a rebelião sexual, o domínio colonial ou as reivindicações de independência nacional" -- o que lhe importa é assegurar a "marcha ascendente da Revolução Americana" sobre o mundo. Depois de várias tentativas frustradas de restauração do Império Romano por parte de potências européias, César ressuscitou do outro lado do Atlântico. Os Estados Unidos -- afirma Olavo de Carvalho -- são uma "República imperial, capitalista, maçônica e protestante".

Em suma, Olavo afirma categoricamente que os EUA encarnam desde sua independência um ideal imperial; que esse ideal envolve a expansão mundial de uma moral laica, alheia as grandes tradições religiosas; por cima do estado americano opera uma elite iniciática maçônica, a mesma que fundou o estado, se valendo do ideário democrático para estabelecer o domínio de uma nova aristocracia.

O sr. Carvalho, todavia, na obra “Maquiavel ou a confusão demoníaca” de 2011, na página 78, expressou uma posição diferente daquela que, anos atrás, exprimiu a respeito dos EUA:

“Do outro lado o único estado leigo que, aproximando-se do modelo delineado por Maquiavel, isto é , do regime misto aristocrático-democrático, conseguiu instaurar-se com sucesso e durar foram os Estado Unidos. Com uma diferença essencial: o Estado americano, longe de pretender subjugar o cristianismo aos fins mundanos da autoridade leiga, impregnou-se profundamente da influência bíblica e fez da moral judaico-cristã...um dos seus pilares constitutivos”

No Jardim, Olavo ressalta o caráter não cristão e até anticristão desse projeto imperial que se encarna nos EUA. Projeto que, segundo o mesmo, começa na idade média com uma luta entre poder da Igreja – autoridade espiritual – e o poder dos reis e nobres – autoridade temporal ou política – passando pelos absolutismos – que vão buscar a união entre estado e igreja em prol de um projeto “imperial-nacional” ( é o caso do galicanismo francês onde o clero se alinhava ao lado do rei, e onde ele nomeava os bispos, exercendo controle sobre a Igreja) – e, finalmente se transportando para uma nova arquitetura imperial nos EUA, onde César – figura do poder político – dispensa Cristo – ou a Igreja sua representante. Em “Maquiavel”, obra de 2011, Olavo diz que não foi bem isso que se deu. Os EUA teriam, no fim das contas, dado origem a uma síntese entre laicidade e cristandade.

É bem verdade que o sr. Carvalho diz já, no “Jardim das Aflições”, que no momento em que o projeto imperial se traslada para os EUA, ele deixa de ser nacional e passa a ser universal: logo não haveria um “imperialismo ianque”mas sim uma elite imperial que usaria os EUA para forjar a nova ordem global. No conceito que o sr. Olavo desenvolve naquela obra, teríamos de um lado, o povo americano, suas virtudes, seu repositório moral e cristão, e de outro, uma elite maçônica que controla o Estado americano. No conceito que encontramos em sua obra sobre Maquiavel, o Estado – mesmo sujeito a uma aristocracia maçônica - absorve a moral cristã – idéia antecipada de forma germinal no Jardim. E por fim, no debate com Alexander Dugin, Olavo separa a elite globalista e o globalismo ocidental, do poder nacional americano. Assim para Olavo “O Consórcio é a organização de grandes capitalistas e banqueiros internacionais, empenhados em instaurar uma ditadura mundial socialista”.

Ou seja: atualmente Olavo desresponsabiliza os EUA de qualquer culpa pelo globalismo ocidental que seria cria de famílias dinásticas e grupos de poder que nada teriam que ver seja com o Estado, a cultura ou a civilização americana. Esta foi a forma pela qual o sr. Carvalho conseguiu justificar sua adesão à tradição norte americana (em sua versão “tradicionalista” ou de “direita”) e sua distância das principais características da atitude cultural crítica brasileira para com os Estados Unidos. É a partir daqui que começaremos a examinar o diagnóstico do sr. Carvalho.

1. 2 As contradições lógicas da interpretação de Olavo.

A tese olavista é de que com o globalismo ocidental, estaríamos rumando, necessariamente, ao comunismo. E o capitalismo onde fica nisso se é que ele ainda existe? É assim que ele, explica, por exemplo os financiamentos que grande banqueiros e empresários deram, ao longo do século 20, aos países socialistas ou a movimentos socialistas: no fundo eles desejariam estimular o socialismo pois o mesmo traria um mundo de controle do mercado onde só as grandes empresas teriam lugar( pode parecer inusitado mas é isso mesmo que ele diz: até onde sabemos o socialismo visa, nada mais que acabar com o regime de empresa privada; cabe perguntar ao Olavo como nesse mundo futuro visualizado pelos mega-banqueiros e empresários seria possível ir para o socialismo e, ao mesmo tempo, manter, indefinidamente, o setor privado de pé sem as naturais estatizações e coletivizações gerais almejadas pelos socialistas; ademais socialismo não visa apenas controle de mercado mas substituição da empresa privada pela estatal).Racionalizar essa alegação é impossível dada sua incompreensibilidade: seria como dar grana visando ajudar o projeto de quem eu sei que quer usar o dinheiro para me eliminar. Mas na lógica do Olavo ela é perfeitamente factível. Entretanto a lógica segue outras vias: a da não contradição. Olavo, contudo, não costuma dar muito valor a lógica: o que agora é depois pode não ser mais. Foi assim por exemplo com o seu repúdio ao PSDB em 2006 e seu apoio em 2014( Como relatado aqui:http://libertoprometheo.blogspot.com.br/2014/11/sobre-as-previsoes-de-olavo-perguntas.html). Logo para ele capitalismo pode ser, no fundo, comunismo; o rigor científico passou longe.

Portanto as perguntas que devemos fazer aqui são:

A- O consórcio de que fala Olavo, visa mesmo o socialismo? Se não o que ele visa de fato?

B- Este consórcio pode ser desassociado do poder do estado americano?

C- Existe real contradição entre os interesses do consórcio globalista e do estado americano?

D- Existe uma relação intrínseca entre globalismo e EUA? Qual?

É que vamos tentar responder abaixo.


Parte 2 - EUA e a economia global.

2.1 - EUA: síntese de poder econômico e político

A independência dos EUA foi feita, sobretudo, por motivos econômicos. Foi a elite dos produtores rurais e urbanos das treze colônicas que encetaram a luta contra o império britânico em nome da liberdade de comerciar sem interferência da monarquia que impunha, então, novos impostos sobre as treze colônias. Tanto é verdade que foram os grandes fazendeiros e comerciantes que forjaram a constituição americana. Logo, a formação dos EUA está ligada, desde o primórdio, a uma elite econômica que acabou virando, também, elite política. Assim, existe uma imbricação entre político e econômico na formação civilizacional dos EUA. Imbricação esta que antecede, de certo modo, a independência. A chegada dos calvinistas que fugiam da perseguição religiosa na Inglaterra em 1620 nas costas da América do Norte, foi a chegada de uma classe comercial calcada na teologia protestante da riqueza como sinal de predestinação. Foi esta classe que se constituiu como estamento político nos governos locais das colônias do norte. Portanto é fora de dúvida que a fundação dos EUA envolve a mistura perigosa entre interesses econômicos e poder político sendo impossível discernir uma coisa de outra na história americana.

Não foi por acaso que o Estado americano buscou, ao longo do século 19, atender aos objetivos desta elite econômico-política através de ações geopolíticas no Texas, por exemplo, e no resto do Caribe onde buscou impor sua supremacia política contra pretensões européias. Que fique bem compreendido: a política e não a economia é o fator preponderante do poder econômico. Não pode haver poder econômico sem um poder político que o proteja, assegure e até expanda. Isso não significa que o poder econômico não tenha existência própria e até demandas próprias ou um certo grau de autonomia em relação ao político. Significa que ele precisa, necessariamente, se associar ao Estado para locupletar-se.

A guerra de secessão foi mais um capítulo dessa história: foi a vitória de uma elite política nortista articulada a uma elite econômica mais dinâmica que a elite econômica sulista. A vitória do projeto nortista foi a vitória do capitalismo e a derrota do modelo colonial-escravista. Foi esta vitória – feita ao custo de uma guerra sangrenta marcada por expurgos, ataques a população civil, morticínio fratricida e engenharia social – que consolidou o “mercado nacional americano” e o entregou ao controle dos investidores do norte. Antes dela os EUA não eram, efetivamente um mercado. A escravidão e o modo de vida sulista impediam a imposição de um modelo industrial-urbano a todo o país e, consequentemente, a existência de um mercado para a produção fabril. Foi preciso fazer uma guerra para efetivar uma forma de economia. Mais uma vez os interesses políticos-econômicos se mostraram completamente imbricados no processo histórico americano.

Foi nesse quadro que se destacou a figura de J. D. Rockefeller. Segundo Daniel Yergin em “The prize: the epic quest for oil”:

“ A standart oil de Rockeffeler funcionava segundo a ânsia incontida do capitalismo do fim do século 19 e criou uma nova era pois se transformou em uma das maiores e mais importantes corporações multinacionais do mundo”.

J. D. Rockefeller

A Standart Oil foi, portanto, o grande modelo de companhia multinacional da época. Rockeffeler não foi apenas um milionário do petróleo: ele criou um modelo de economia que mudaria o mundo. Além da Standard de Rockefeller, em 1901 surgiram dois concorrentes: a Gulf Oil Co. e a Texas Oil Co. (Texaco). A Gulf pertencia a Andrés Mellon, ex-Secretário do Tesouro e ex-Embaixador dos EUA em Londres, o que facilitou a expansão mundial do truste. Nos EUA sempre foi comum que políticos se valham de sua posição privilegiada para ter acesso as fontes de riqueza, assim como empresários se valham de seu poder para manietar os políticos. A caso da formação da Gulf e da ascensão metórica de Rockeffeller, deixa isso evidenciado. A Standard utilizou, sistematicamente, a compra de parlamentares e tribunais, o que, mesmo assim, não evitou algum aborrecimento (como o pagamento de pequenas multas e outras penalidades); quando se tratava de explorar outros países, o apoio do governo norte-americano não lhe foi negado. Embora a Standart tivesse vez ou outra problemas com o governo americano por causa da monopolização do mercado interno, sempre lhe foi facultada a ajuda para monopolizar o mercado em outros países. Foi com esta ajuda que na Venezuela, a Standard apresentava-se como Creole Petroleum, e, em 1960, esta contribuiu com um terço dos lucros do conglomerado (205 milhões de dólares). Na Colômbia, adotou o nome de Tropical Oil, e tinha em mãos a principal zona produtora; no Canadá, a Imperial Oil controlava 17% da produção nacional. Na Arábia Saudita, a produção nacional era monopolizada pela Aramco (Arabian American Oil Company), um consórcio de trustes, e a Standard tinha 30% de seu capital. Ainda nessa região, controlava 20% do capital da Irak Petroleum, que nos anos 50 conseguiu lucros anuais da ordem de 200 milhões de dólares.

O Conselho Nacional de Petróleo norte-americano (National Petroleum Council), criado em 1946, assegurava uma ligação com o governo. “Único ‘lobby’ representativo dos interêsses privados de caráter oficial”, seus membros eram indicados pelo American Petroleum Institute e pagos pelas companhias que empregavam e os fizeram seus delegados ao mesmo tempo”. Charles Hughes, candidato derrotado à presidência dos EUA em 1916, presidente da Suprema Corte e secretário do Exterior, foi, à sua época, o principal conselheiro jurídico da Standard. No governo de Eisenhower, um cunhado de Rockefeller e presidente do Chase National Bank, Winthrop Aldrich, foi nomeado embaixador em Londres em 1952 , onde poderia defender os interêsses da Standard Oil e assegurar o contato com seus rivais britânicos ; na Marinha, maior consumidor de petróleo dos EUA, a Secretaria ficou também com outro homem da Standard, que conseguiu um abatimento fiscal de 27,5% para que a indústria petrolífera “reconstituísse as reservas”; e no Departamento de Justiça, Herbert Brownell defendeu publicamente o abrandamento da lei antitruste; há testemunhas que atestam que John Foster Dulles, o secretário de Estado de Eisenhower, foi o membro principal da firma jurídica da Standard Oil of New Jersey.

Assim os fatos comprovam: a elite mundialista e globalista da qual o sr. Olavo fala nasceu nos EUA. Foi ela que gestou os mecanismos da economia global que temos hoje.

2.2 – O consórcio nasceu na América


O especialista em sociologia C. W. Mills, professor de Columbia, escritor da obra, “The Power Elite”, de 1956, descrevia o que estava acontecendo nos EUA, depois da segunda guerra:

“ Há uma elite do poder nacional, no topo da comunidade empresarial, governamental e militar...composta de homens cujas posições transcendem o ambiente comum de homens e mulheres...governam as grandes empresas e administram a máquina do Estado e exigem suas prerrogativas...”

Mills afirmava que este alto escalão do poder político e econômico nos EUA frequentemente circulava entre setores: dos altos postos nos negócios para cargos do governo, do gabinete da Casa Branca a conselhos de administração, dos comandos militares a política. Eles criaram na década de 50 uma diretoria única para os Estados Unidos da América. Cabe lembrar que vivia-se o pós segunda guerra, contexto onde, por meio de mecanismos hábeis, foi imposto ao mundo o padrão dólar como base das trocas econômicas mundiais. Não é preciso insistir muito neste aspecto para entendermos a que isso levou senão a hegemonia dos bancos americanos sobre as finanças mundiais.

Que o sr. Olavo ignore estes fatos não nos surpreende. O fato é que, se hoje a elite global não é mais exclusivamente americana, ela nasceu americana, sob as asas do Estado americano e sob inspiração direta do ideário americano. A própria expansão da economia de mercado a todo globo – incluídos aí os países comunistas como a China e agora mais recentemente a Cuba – só foi possível graças a dinâmica capitalista surgida nos EUA, pós-guerra de secessão. Explico: na Europa vivia-se o ímpeto do neocolonialismo e imperialismo; Inglaterra, França, Alemanha buscavam consolidar seus interesses econômicos através da formação de zonas coloniais; estes impérios estariam fundados em protecionismo e domínio político direto. Não havia aí um projeto de extravasamento do poder econômico para além das fronteiras imperiais, dado que a política do equilíbrio europeu, que vinha do Congresso de Viena de 1815, buscava repartir o poder de forma a evitar uma nova guerra européia nos moldes da promovida por Napoleão. Os EUA, todavia, tinham um projeto diferente: o objetivo era extravasar o poder econômico para além das fronteiras, mundializando-o. Prova-o a missão do Comodoro Perry, que em 1854 forçou o Japão a abrir seus portos para os navios dos EUA, sob ameaça de bombardeio caso não o fizesse. Prova-o a extensão da zona de influência americana no Mar do Caribe para garantir acesso aos gêneros produzidos nas ilhas caribenhas; prova-o o estímulo a independência do Panamá, antes território colombiano, para a construção do Canal que liga o Atlântico ao Pacífico, favorecendo o comércio naval estadunidense. Foram os EUA, sua política internacional e sua elite econômica, que criaram o mercado globalizado e portanto o espaço para a construção de um poder global independente dos estados nacionais.

2.3- Bilderberg e CFR : clubes capitalistas.

O sr. Carvalho insiste em que o objetivo dos metacapitalistas globais é o socialismo. Vamos analisar a formação de dois clubes de metacapitalistas globais: o Bilderberg e o CFR. Fundado em 1954 pelo príncipe Bernhard, da Holanda, pelo primeiro-ministro belga Paul Van Zeeland, pelo conselheiro político Joseph Retinger e pelo presidente da multinacional Unilever na época, o holandês Paul Rijkens, o Clube Bilderberg é uma organização não-oficial que nasceu para promover a cooperação transatlântica e debater assuntos relevantes em nível mundial – o que, em plena Guerra Fria, equivalia a discutir a ameaça comunista e meios de expandir o modelo capitalista. O nome Bilderberg vem do hotel holandês que abrigou a primeira reunião, em 1954. O sucesso desse evento convenceu os seus organizadores a realizá-lo anualmente, em algum país europeu, nos Estados Unidos ou no Canadá. Ou seja: o Bilderberg foi forjado por capitalistas interessados em discutir meios de salvaguardar o capitalismo contra pretensões do comunismo internacional.

E o CFR?

O CFR tem seu quartel general na cidade de Nova Iorque – por que NY e não Moscou ou Nova Delhí? Será que sua sede não mantém relação com a elite nacional americana? - no edifício Harold Pratt House, uma mansão de quatro pisos na esquina de Park Avenue e a rua 68, que foi doada pela viúva do senhor Pratt, herdeira da fortuna da Standard Oil Rockefeller. O CFR se compõe de aproximadamente 3.000 membros da elite americana( Pura coincidência que estes sujeitos, ao mesmo tempo que fazem parte da elite nacional dos EUA, sejam, também, membros da elite global?).

Durante seus primeiros cinqüenta anos de existência, o CFR não apareceu nos meios de comunicação. Isto porque entre os membros do CFR figuram os mais importantes executivos do New York Time, o Washington Post, Los Angeles Time, o Wall Street Journal, a NBC, a CBS, a ABC, a FOX, Time, Fortune, Business Week, US News & World Report. Quase todos os postos de trabalho do gabinete da Casa Branca são ocupados por membros do CFR. Todos estes dados provêm de um relatório publicado pelo próprio CFR, disponível para o público em seu site . Seria mais uma coincidência que a elite midiática americana controle um conselho para o poder global e que este conselho controle parte da Casa Branca? Será que realmente não existe nenhuma conexão orgânica entre sociedade americana, economia americana, poder americano e poder global articulado em torno do Bilderberg e CFR?

2.3 – Economia global e poder americano.

Um dos aspectos marcantes da globalização econômica é o poder que certas megaempresas possuem sobre o mercado mundial. Neste sentido as empresas americanas ocupam o primeiro lugar. Mas segundo o sr. Carvalho o poder global – que nasce aos poucos sob o influxo das elites que dominam estas empresas – nada tem a ver com os interesses nacionais dos EUA. Será? É o que veremos.
A- O complexo militar-industrial.

Comecemos falando da indústria bélica: na década de 90 o governo americano e Wall Street financiaram a fusão de empresas bélicas. O governo reembolsou as empresas os custos da transição. O objetivo? Dominar o mercado global de armas. 50 granes empresas viraram seis empresas. Em 2005 o lucro das cinco primeiras foi de 12 bilhões de dólares graças a guerra do Iraque e do Afeganistão; entre elas temos a Lockheed, Raytheon, Boeing, Northrop, e General Dinamics. Estas empresas estão, hoje em dia, negociando informações e armas com governos estrangeiros, joint ventures e até fusões com empresas no exterior. Quem pauta atualmente a reestruturação da indústria bélica mundial são estas empresas americanas. Existe agora uma superclasse industrial militar em que a maior parte dos membros são dos EUA e ocupam cargos no governo dos EUA. Atualmente esta superclasse atua até mesmo nos mercados do Pacífico, zona de influência chinesa: o fórum conhecido como Diálogo de Shangri-lá, que acontece desde 2002, é financiado pela IISS( Instituto internacional de estudos estratégicos, em português) que recebe verbas da Boeing, Northrop, BAE – empresa militar da Inglaterra – entre outras. O conselho do IISS tem como membros: David Ignatius, colunista do Washington Post; Pickering, que já foi vice presidente da Boeing, secretário de Estado dos EUA, e capitão da marinha americana; Robert Ellsworth, ex-deputado pelo Kansas, embaixador da Otan entre 1969 e 1971. É a elite americana a controlar um fórum global sobre armas e defesa militar.

Outra faceta do mercado de defesa militar – dominado pelos EUA – é a criação de empresas que fornecem mercenários – ex-militares americanos. As chamadas PMFs são hoje um padrão global geral. A blackwater é um exemplo disso: ela tem funcionários trabalhando em nove países, uma esquadrilha com mais de vinte aviões e vinte mil soldados. Hoje existem cerca de 35 PMFs nos EUA: Dyncorp, Halliburton, Vinnell, etc. A Vinnell atua na Arábia Saudita treinando a guarda nacional do Rei. Estas empresas atuaram fortemente na guerra do Iraque. Paul Bremer, administrador americano do Iraque, na época da ocupação do país pelas tropas americanas colocou as PMFs isentas de processo, colocando-as fora do alcance da lei. Isso permite que os EUA atuem transferindo tarefas miitares a empresas que não podem ser responsabilizadas pela lei internacional. Os soldados da Blackwater no Iraque recebem mais que os militares de carreira. Eles ganham em um mês o que militares ganham no ano. Hoje os EUA atuam em prol de uma privatização das forças armadas. A consequência disso é que, com isso, os estados nacionais poderão perder o monopólio da violência. Em suma, isso evidencia que a conspiração pelo fim dos estados nacionais é patrocinada por um estado nacional – EUA - com objetivos imperiais. Ainda que se possa retrucar que tais empresas não representam o estado americano seria ingenuidade negar que elas estão diretamente a serviço dele e são pagas por ele e comandadas por militares americanos do alto escalão.

B- O Carlyle Group



O Carlyle é a maior empresa de private equity do mundo que controla mais de 56 bilhões de dólares e tem filiais em 18 países. Empresas de private são fundos que compram participações em empresas com o fim de alavancá-las no mercado. Segundo Dan Briody, autor do livro “The Iron Triangle” o Carlyle, hoje, tornou-se o controlador do maior fluxo de caixa da economia global. Muita gente investiu dinheiro no Carlyle sem saber que estava investindo. Pelo Carlyler passaram grandes figuras da política americana: o ex-secretário de estado James Baker, o ex-secretário de defesa Frank Carlucci, o ex-diretor de orçamento da Casa Branca Dick Darman, o ex-chefe da comissão federal das comunicações, Willian Kennard, o ex-presidente da comissão de câmbio, Arthur Levitt. A sede do Carlyle fica em Washington entre a Casa Branca e o Capitólio. Sua influência sobre o establishment político americano é notório. Desde o 11 de setembro a empresa lucrou com a guerra contra o terrorismo. Ea investiu na U. S. information services( Usis) uma companhia particular de investigação que atua no departamento fedeal de aviação, nas alfândegas, e no ministério da defesa. Rubenstein, o maior acionista da Carlyle, forma, junt com seus sócios, uma poderosa rede global com a capacidade de investir dinheiro em países, mercados, setores, de apoiar candidatos em eleições pelo mundo, de participar de fóruns de definição de prioridades políticas, etc. A atuação da Carlyle deixa claro como existe nos EUA, uma sociedade entre políticos e megaempresários das finanças a moldar a política estadunidense no sentido de exportar, por exemplo, mecanismos de condução de mercado que favoreçam a facilidade das trocas financeiras globais que, evidentemente, favorecem o dólar e os grandes fundos de equity nas mãos da super-elite financeira dos EUA.

Parte 3- Gangsterismo político-econômico: a natureza profunda dos EUA.

A promoção dos interesses dos grandes capitalistas nos EUA só foi possível graças ao aumento do poder do presidente da república iniciada por A. Linconl já durante a guerra de secessão em meados do século 19. Segundo Nivaldo Cordeiro em “Linconl, de Spielberg”, artigo de 28 de janeiro de 2013, publicado no site mídia sem máscara:

“Lincoln é a figura chave na construção do Estado norte-americano. Seu legado político fez sucumbir o idealismo daqueles que apostavam na federação de fato, na “federação de reinos autônomos”. No lugar das liberdades federativas temos a União centralizadora e determinadora das formas jurídicas e políticas do existir. No momento, a grande ameaça é o Estado mundial, desejado por muita gente, inclusive por Obama, mas não se sabe muito bem qual o formato que terá. Os que lutam pelo Estado mundial ainda não têm a fórmula de implantação, mas seguem o caminho necessário da homogeneização dos marcos jurídicos nacionais, passo a passo, e da implantação da agenda da nova moral, anticristã. A nova moral mundial.”

Portanto, Linconl foi o fundador do modelo de Estado central norte americano, ponta de lança do Estado Mundial. É do estado americano que surgirá o estado global. Essa forma de Estado invasivo foi sendo forjada progressivamente ao longo do século 19 nos EUA onde os presidentes afirmaram sua primazia de vários modos, expandindo o executivo e seus cargos, aumentando seu orçamento e criando conceitos como privilégio executivo. Isso teve como consequência a construção do conceito de “Executivo Unitário”, base da administração do presidente G. W. Bush e fundamento do “patriot act” de 2001, elaborada em resposta ao 11 de setembro, que deu ao governo capacidades extraordinárias de investigação, onde o poder federal ganha a liberdade para vigiar as comunicações sem necessitar de autorização judicial. Toda essa evolução do poder federal dos EUA veio a tona com o que foi revelado pelo ex-técnico da Cia, Edward Snowden, a respeito do programa global de vigilância da NSA, programa esse que se vale dos dados de servidores de megaempresas web como apple, google, facebook(aliás, todas empresas americanas e com acionistas majoritariamente americanos). Hoje o poder federal dos EUA está associado diretamente a “Comunidade de Política Internacional de Washington”, onde são tomadas as decisões sobre política externa. O jornalista David Rothkopf, expôs esta realidade em sua obra “ Running the World”. Nela, Rothkopf, mostra como está òrgão é mais infuente que o congresso americano, no que tange a definir pautas de política internacional para o presidente. Dele faz parte um grupo selete e pequeno que ocupou ou ocupará postos no governo federal, sobretudo na segurança nacional: entre eles temos Kissinger, Rumsfeld, Brzezinski. Os membros desta Comunidade pertencem, também, ao CFR. E toda essa rede nos leva ao mundo das finanças. A Goldman Sachs, segundo o mesmo Rothkopf, obteve acesso aos altos escalões do governo federal americano, no sentido de assegurar seus negócios, graças a articulação feita por membros da Comunidade citada acima. Existe uma porta giratória; os forjadores de políticas financeiras norte americanas de impacto global que pertencem a Comunidade ou já foram membros de grupos financeiros, como a Goldman, ou virão a ser. Todos os recentes secretários do Tesouro Americano, ocuparam, posteriormente, cargos no mundo financeiro; o ex-secretário John Snow, na Cerberus; o ex-secretário Paul O' Neill, na Blackstone; o ex-secretário Lawrence Summmers, na D.E. Shaw; o ex-secretário Robert Rubin, no Citigroup. Em 2008 o “CEO” da Goldman era, ao mesmo tempo, o presidente do Conselho Consultivo de Informações Externas do presidente da república dos EUA!! Hoje a pauta das grandes corporações é a pauta do Estado americano. Não há mais diferença alguma. Kevin Phillips em sua obra “ Wealth and Democracy: A Political History of the American Rich” diz que o dinheiro está no sangue da política americana. Desde meados do século 19 o interesse dos endinheirados desempenham o papel de árbitro da agenda política do Estado. O sistema de doações as eleições nos EUA tem um efeito corruptor pois torna o candidato prisioneiro dos financiadores. Em 2008os principais candidatos a presidência precisaram arrecadar mais de 100 milhões de dólares para tocar suas campanhas. Os sujeitos que tem controle de megaempresas doam omas gigantescas e depois cobram a conta. As barreiras financeiras para o cargo mais alto do mundo – o de presidente dos EUA – são tão altas que é impossível que alguém as supere sem aliados ricos e poderosos do setor estatal e privado. Os dez maiores doadores para a campanha de Bush em 2004 foram: Morgan Stanley, Merril Lynch, Pricewaterhouse, UBS, Goldman Sachs, MBNA Corporation, Credit Suisse, Lehman Brothers, Citigroup e Bear Sterns.

O que os doadores ganharam? Acesso a altos funcionários, cargos na Casa Branca, participação direta em missões especiais, intervenções de funcionários americanos nos fóruns globais de economia para ajustar regras de mercado aos interesses destas empresas, esforços para evitar sanções comerciais as empresas, ajuda com a OMC para aumentar ou derrubar tarifas, etc.

Assim fica claro que o Consórcio Globalista – embora inclua interesses de megaempresários asiáticos e europeus também – é majoritariamente americano e majoritariamente apoiado e promovido pelo Estado americano. Os EUA prescrevem duas panacéias ao mundo: livre mercado e democracia. No entanto o que vemos, no mundo atual, é que quanto mais avança o livre mercado menos democracia existe. A China é um exemplo disto: mercado aberto combinado com ditadura de partido único (O que mostra que o capitalismo – quando quer e precisa – pode conviver com o comunismo). Nos EUA, a medida que o mercado cresceu, decresceu a democracia. Isto parece ser uma lei histórica: um modelo de capitalismo global não pode conviver com democracia. O que nos levaria, diretamente, a uma escravidão política global sem precedentes. Não estaria aí o erro cabal da análise – se é que podemos chamá-la disso – do sr. Olavo de Carvalho que só vê os riscos do comunismo e nunca os do capitalismo, jogando na conta do comunismo até mesmo aquilo que o capitalismo fez e faz?

Segundo o charlatão residente na Virgínia, não foi o capitalismo americano que se corrompeu a si mesmo mas a Rússia! Sim a Rússia é a culpada de tudo isso que expusemos acima:

“ Ao choramingar que foi corrompida pelo capitalismo americano, a Rússia esquece que foi ela que o corrompeu. Desde a década de 30, o governo Stálin, consciente de que a força da América residia “no seu patriotismo, na sua consciência ética e na sua religião” (sic), desencadeou uma gigantesca operação destinada, nas palavras do seu executor principal, Willi Münzenberg, a “corromper o Ocidente de tal modo que ele vai acabar fedendo”. Compra de consciências, envolvimento de altos funcionários em espionagem e negócios escusos, intensas campanhas de propaganda para debilitar as crenças morais da população e infiltração generalizada no sistema educacional acabaram por dar resultados sobretudo a partir da década de 60, modificando radicalmente a sociedade americana ao ponto de torná-la irreconhecível.” In: http://www.olavodecarvalho.org/textos/110307debate.html

Não, sr. Carvalho. Se Stálin fez alguma coisa foi se valer da corrupção moral já instalada nos EUA para daí efetivar seus planos. A corrupção moral dos EUA é inerente a sua história. Os marxistas no máximo pioraram o quadro e deram-lhe novas cores, mas não o criaram.

4- Conclusão

Que o sr. Olavo queira reclamar um caráter comunista ou fabianista para o que ele chama, impropriamente, de “globalismo ocidental” pois só há um globalismo e não três como já demonstramos aqui (http://libertoprometheo.blogspot.com.br/2014/12/a-farsa-dos-tres-globalismos-quebrando.html) é algo que pouco importa a nós. O fato é que se o que ele chama de elite globalista deseja um mundo nos moldes do ideário fabianista não teríamos, no caso, nada que possamos chamar de comunismo, mas sim um capitalismo intervencionista numa forma keynesiana. Sim, pois mesmo que entendamos que o fabianismo fosse inspirado num socialismo reformista e nas idéias de Stuart Mill, que sustentava que o bem-estar da maioria exigia o intervencionismo da máquina estatal, é preciso entender que as idéias da sociedade fabiana no século vinte evoluíram para uma terceira via entre o modelo soviético e o capitalismo liberal. E neste sentido elas tomaram um delineamento mais claro nas políticas keynesianas pós-1929.

As idéias fabianas de terceira via inspiraram, por exemplo, o movimento do partido Baath da Síria: o movimento visava fortalecer a economia nacional, o que levou o Estado sírio a dirigir o curso do desenvolvimento econômico, com o objetivo final de proporcionar um padrão mínimo de vida para todos. Todavia o que vemos agora na Síria de Assad, que é membro do partido árabe Baath? Uma luta das potências ocidentais – onde opera o “Globalismo Ocidental Fabiano” - contra as forças governistas de Assad, um presidente próximo – pasmem - das idéias fabianas! Por que o Consórcio Fabianista Mundial teria interesse em combater uma ponta de lança do fabianismo no Oriente Médio? A conta simplesmente não fecha e é precisa ser bastante idiota para acreditar na prestidigitação intelectual do sr. Carvalho.

Comunistas – como o sr Trotski – nunca viram no fabianismo, algo que pudesse ser chamado de comunismo. Trotskypensava que o socialismo fabiano fosse uma tentativa subreptícia de salvar o capitalismo da fúria da classe operária. A esse respeito disse que “em toda a história do movimento trabalhista britânico houve pressão por parte da burguesia contra o proletariado através do uso de intelectuais, salas e igrejas socialistas, e owenistas, que repudiam a luta de classes, defendendo os princípios de solidariedade social, pregando a colaboração com a burguesia, e que se aproveitam e enfraquecem politicamente o miserável proletariado.”

Considerar que o projeto fabianista pode ser chamado, pura e simplesmente, de comunista é o cúmulo.

Outro dado a considerar é que a sociedade fabiana entrou em declínio depois da década de 30. Ela continua a existir mas longe de ter a força de articulação que teve outrora nos meios políticos e econômicos. Seus principais membros hoje estão dentro do partido trabalhista inglês de Tony Blair. Ela trabalhou e muito pela implementação do welfare state no pós segunda guerra. Mas hoje o quadro é outro: os grupos que orientam a economia e a política internacional – desde os salões do establishment americano – desejam sobretudo desregulamentação dos mercados, livre fluxo de dinheiro, flexibilização de leis trabalhistas, privatismo radical, etc. Estes grupos se articulam nos foros que expusemos acima, hoje lugares políticos muito mais importantes que parlamentos nacionais ou que a Fabian Society. Que estes grupos possam, aqui e ali, apoiar medidas estatais intervencionistas é só na medida em que seus interesses entram em jogo. Os grupos econômicos precisam do estado e do poder político sem o qual nada se fez ou faz na história. Um grande produtor de laranjas precisará que se cobrem impostos e com eles se construam estradas, ferrovias e portos para escoar sua produção. Um grande investidor de capital precisa de um governo trabalhe pela derrubada de barreiras alfandegárias garantindo o livro fluxo do dólar.

Os mega-empresários globais são todos fabianos como quer Olavo? Isso é algo que não podemos responder. Empresários com idéias fabianas existem. Se todos os megaempresários capazes de manejar a economia global o sejam é outra questão. Só uma investigação poderia responder esta pergunta. Olavo não tem essa investigação a mão. Ele tem apenas um palpite, e uma interpretação dos fatos que remonta a guerra fria, logo uma interpretação anacrônica. Ele desconsidera que depois de 1991, com a queda da URSS, não existe mais uma bipolaridade mundial e que o capitalismo já não precisa incorporar reformas sociais para tirar da cabeça do trabalhador o encanto com o socialismo marxista. Ele desconsidera que todos os esforços do governo Reagan e Thatcher foram para viabilizar a ideologia do mercado contra o estado, quer dizer, o neoliberalismo. Não, é claro, que nessa fase neoliberal o Estado tenha sido dispensado de suas funções. Ele, na verdade, passa a ter novas funções em razão de uma nova demanda: criar o mercado global, o mundo global, e órgãos de poder global que sustentem o mercado e o mundo globalizados. Aliás é preciso dizer: nenhum liberal quer, de fato, menos estado. Isso é apenas retórica. No fundo liberais e neoliberais querem menos Estado aqui e mais ali. Até por que o capitalismo, onde quer que tenha se estabelecido, nestes últimos três séculos, só promoveu o crescimento do poder estatal. A modernização capitalista exigiu a extensão dos poderes de regramento do Estado. Mas, segundo o sr. Carvalho o problema fulcral é apenas o crescente poder do Estado e não o capitalismo. Contudo, historicamente, é impossível demonstrar que o crescente poder estatal ocorrido nos últimos três séculos nada tenha a ver com o capitalismo liberal. Logo, pouco importa se temos ou não empresários fabianos a manejar politicas globalistas. Provavelmente temos. Mas isso é irrelevante no atual quadro. O que é relevante é que o centro de poder empresarial e político que hoje orienta o globo está sediado nos EUA e encastelado em seu capitalismo. E isso ficou demonstrado acima.

Em suma é preciso destrinchar a forma de pensar do sr. Carvalho quando descemos ao nível de sua retórica macartista – que vê perigo só no comunismo e nunca no capitalismo: seu modo de argumentar não difere muito do modo dos comunistas mais vulgares. Comunistas enxergam fascistas em todo lugar. O sr. Olavo enxerga comunista em todo lugar, até onde eles jamais poderiam estar. Ideologia costuma fracionar a realidade. Umas explicam tudo pelo econômico, ignorando o cultural, político, etc. Outras explicam tudo pelo biológico, ignorando o psíquico, o espiritual, etc. A ideologia do sr. Olavo explica tudo pelo comunismo. Assim se um capitalista financia governos socialistas, necessariamente ele quer, de alguma maneira, comunismo, nunca pode estar visando pura e simplesmente o lucro. Um comunista pode usar o capitalismo para promover o comunismo, mas um capitalista nunca pode pretender usar o comunismo para tirar vantagens capitalistas – nesse caso, e ele financia a China ele só pode estar querendo mesmo o comunismo. Ou seja: para o sr. Carvalho a única força onipresente na politica mundial é o comunismo. O capitalismo não existe mais em termos mundiais. Ou o que temos, a nível macro, são comunistas usando meios capitalistas ou pseudo-capitalistas trabalhando para o comunismo. A insanidade argumentativa do sr. Carvalho e seus próceres fica ainda mais clara quando se compreende a maneira como os discípulos de Olavo entendem o Foro de São Paulo: acreditam que os governos ligados ao Foro tem plena liberdade de ação como se pudessem ignorar o poder do capitalismo internacional. Aqui então cabe a pergunta: são os empresários que são fãs do socialismo ou são os socialismos que precisam se capitalizar. Quem está na mão de quem??? Estamos rumando para onde?

O motor da ação é o conhecimento. E o da ação política é o conhecimento de quem está ao nosso lado e quem está contra. Passar a idéia de que o inimigo é nosso amigo, ou de que ele não é tão perigoso assim é uma antiga arte da política. Reflita, caro leitor.

Apêndice: a solução católica e brasileira

Reproduzimos aqui a magistral definição do sr. Guilherme Koehler sobre o distributismo, a verdadeira solução para a questão política e social, logo das decrepitudes morais de socialismos, capitalismos e liberalismos, porque firmada na doutrina cristã, base cultural de nossa civilização luso-brasileira:

“ Distributismo não quer dizer redistribuição de riqueza por quem nos governa, se assim fosse era socialismo. É a distribuição natural de riqueza, pela repartição ampla dos meios de produção pela sociedade. Isto traduz-se concretamente naquilo a que chamamos empresas familiares ou pertencentes aos empregados, pequenas e médias empresas que actuam dentro do seu espaço local ou regional, pequenos negócios e trabalhos independentes. Chesterton afirmava que “capitalismo demais não significa capitalistas demais, mas sim capitalistas de menos”. O objectivo era o aumento do número dos que possuem propriedade privada, pela aquisição ou criação dos seus próprios meios de produção, em detrimento da dependência de salários. O distributismo vai contra a ordem económica globalizada e obscura, dependente do poder e de perigosa fragilidade a que hoje chamamos “livre iniciativa”. A ”livre iniciativa” quer dizer multinacionais e cresceu imoralmente sobre as costas de inúmeros trabalhadores pagos com salários de escravos, sem poderem sustentar as famílias, ou sequer poderem tratar da sua saúde. Não se defende que o Estado deva confiscar a riqueza dos senhores dos monopólios, sugere-se que estes façam justiça aos seus trabalhadores. O distributismo recusa liminarmente que as pessoas participem na cultura do capitalismo de massas. É um tipo de sociedade e nunca um programa de governo: procura romper com uma ordem económica dominada pelas multinacionais que se espalham pelo Mundo à procura de mão-de-obra escrava, devassam a moralidade pública e privada com os seus vícios, destroem a indústria nacional, usufruem de vantagens que lhes são dadas pelos governos. O distributismo é uma reacção justa contra os desvios morais e os excessos materiais condenados pelas Encíclicas Papais “Rerum Novarum” de Leão XIII e “Quadragesimo Anno” de Pio XI. Distributismo e socialismo são opostos, são antagónicos. O distributismo, em oposição ao socialismo, defende a distribuição da propriedade (não a redistribuição da riqueza), para atingir uma ampla partilha da propriedade e dos meios de produção, para conseguir uma verdadeira liberdade económica para o indivíduo e a família, as “células base” da sociedade. Estamos perante uma “terceira via”, isto é, o distributismo não é capitalismo, nem socialismo. O capitalismo e o socialismo são produtos do Iluminismo, são forças de modernidade e anti tradicionais; o distributismo busca a subordinação da actividade económica à vida humana integral, ou seja, à nossa vida espiritual, intelectual e familiar, conforme a Doutrina Social da Igreja.” In: http://libertoprometheo.blogspot.com.br/2014/06/o-distributismo-subordinacao-da.html




Nota explicativa: 

No decurso do texto dissemos que A tese olavista é de que com o globalismo ocidental, estaríamos rumando, necessariamente, ao comunismo. E o capitalismo onde fica nisso se é que ele ainda existe? É assim que ele, explica, por exemplo os financiamentos que grande banqueiros e empresários deram, ao longo do século 20, aos países socialistas ou a movimentos socialistas: no fundo eles desejariam estimular o socialismo pois o mesmo traria um mundo de controle do mercado onde só as grandes empresas teriam lugar( pode parecer inusitado mas é isso mesmo que ele diz: até onde sabemos o socialismo visa, nada mais que acabar com o regime de empresa privada; cabe perguntar ao Olavo como nesse mundo futuro visualizado pelos mega-banqueiros e empresários seria possível ir para o socialismo e, ao mesmo tempo, manter, indefinidamente, o setor privado de pé sem as naturais estatizações e coletivizações gerais almejadas pelos socialistas; ademais socialismo não visa apenas controle de mercado mas substituição da empresa privada pela estatal).Racionalizar essa alegação é impossível dada sua incompreensibilidade: seria como dar grana visando ajudar o projeto de quem eu sei que quer usar o dinheiro para me eliminar."

Aqui não pretendemos negar que houve financiamento de grupos capitalistas a movimentos socialistas; eles existiram, o que é fartamente documentado. O que rejeitamos é a explicação do sr. Olavo de que isso teria sido feito sob os auspícios de uma cosmovisão claramente socialista partilhada pelos financiadores. No nosso entendimento tais financiadores o fizeram por várias razões, entre os quais destacamos os interesses propriamente capitalistas. O objetivo do artigo não era esclarecer este ponto mas outro, qual seja a da relação entre capitalistas, globalistas e EUA. Num outro momento trataremos deste tema. 


Bibliografia

Briody, Dan. “The Iron Triangle”. Ebook, 2015.

Commager, Henry Steele. O espírito norte-americano: uma interpretação do pensamento e do caráter norte-americanos desde a década de 1880. São Paulo, Cultrix, 2000.

Domhoff, G. W. (2006). Who Rules America? Power, Politics, and Social Change (5th ed.). New York: McGraw-Hill.

Mills, C.Wright. Power, Politics and People.

Yergin, Daniel The Prize: The Epic Quest for Oil, Money, and Power. By. New York: Simon & Schuster, 1991

Phillips, Kevin. Wealth and democracy: a political history of the American rich. New York: Broadway Books, 2002.

Woodard, Calvin (December 1956)."THE POWER ELITE, by C. Wright Mills". Louisiana Law Review. Retrieved 14 February 2014.

Rothkopf, David. Running the World: The Inside Story of the National Security Council and the Architects of American. NY, Paperback, 2012.

Rothkpof, David. Superclasse. RJ, Agir, 2008.


Referências importantes à guisa de esclarecimento:







Globo News e a dicotomia "Estado x Mercado": o que está por trás disso?

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Da série: patriotismo católico!

A "mass media" nos impõe - continuamente - a falsa dicotomia entre mercado e estado. Hoje a Globo News em seu noticiário, repetiu o esquema batido para tentar interpretar a situação do Brasil. Na fala de seus jornalistas tudo que vem acontecendo conosco é culpa do fato de o Ministro do Planejamento do Governo Dilma - o sr. Nelson Barbosa - engessar as "mãos e pés" do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A versão da Globo News deixa patente o seguinte: economia deve se pautar por critérios puramente econômicos. Qualquer interferência política só pode ampliar a crise. A alegação não resiste a história: foi justamente a interferência política que salvou a economia ocidental de uma crise nos fins do século 19, interferência chamada imperialismo. Depois do crack de 29 foi outra interferência que também impediu o naufrágio da economia ocidental. O problema não está na interferência do Ministro do Planejamento mas sim no governo PT que é incompetente em planejar a curto, médio ou longo prazo. A única receita petista nessa área foi o estímulo ao consumo, meio fácil de obter votos e criar uma aparência de prosperidade. Faltou e falta um plano nacional de desenvolvimento consistente. E não é só ao PT que falta isso: nenhum partido hoje tem um plano desse a oferecer.

É preciso entender que economia é meio e não fim. Assim deve sujeitar-se ao bem da comunidade nacional; não é a comunidade nacional que deve adequar-se a postulados econométricos mas a economia nacional que deve se pautar pelo interesse pátrio. Foi isso, em suma, o que fizeram as potências capitalistas atuais: quando o interesse nacional exigiu fecharam seus mercados e protegeram sua indústria para alavancarem o desenvolvimento interno. Hoje, estes mesmos países, sustentam a retórica da "abertura geral de mercados e fluxos de capitais". E nós compramos o discurso. O que a Globo News nos oferta é a lenga lenga neoliberal- fundada na heresia liberal - que só foi adotada por estas mesmas potências capitalistas - como modelo econômico - depois de anos de keynesianismo  ter fortalecido os seus mercados internos graças a ajuda do Estado. 

Não seria o caso de o Brasil fechar mercado mas o de saber aproveitar o fluxo de capital promovido pelo mesmo para criar uma estratégia nacional. Isso, contudo, só seria possível se houvesse um verdadeiro estadista na cadeira presidencial de caráter antiliberal e anticomunista. Enquanto as pessoas derem crédito a Globo News isto será impossível. 


Rafael G. Queiroz

As heresias de Olavo no Jardim das Aflições!

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Da série: Olavo mentiu para mim

Episódio 2: O anticatolicismo de Olavo no Jardim das Aflições



Nos últimos meses a manada olavista vem fazendo burburinho em torno da reedição da obra " O jardim das aflições" do sr. Carvalho. Até documentário já estão a preparar( e a arrecadar dinheiro para o mesmo). 

Fundamental então é recordar aos seus pupilos "católicos" o antiromanismo radical do sr. Olavo expresso na linhas do referido livro. Vamos a ele:


 " o cristianismo não tinha, originariamente, o espírito de uma lei religiosa...mas o de um ESOTERISMO, de um caminho puramente interior" p. 197. 

O cristianismo não é um esoterismo mas uma religião exotérica. 

"o cristianismo, malgrado sua imensa força de renovação espiritual, não estava muito bem dotado para reorganizar a sociedade civil e política...para se transformar em força organizadora da cidade terrestre ele teve que sofrer adaptações que arriscaram deformá-lo profundamente" p.197. 

Ou seja, para Olavo, a instituição de uma Igreja - com leis, dogmas, disciplinas exteriores - foi uma perversão daquilo que o cristianismo era em sua origem. 

"em que medida a Igreja de Roma, representada pelo seu papa, era pura autoridade espiritual? Não era também ela um poder temporal, CONTAMINADO PORTANTO DE FORÇA BRUTA? " p. 220.

 Olavo está a dizer o mesmo que os ortodoxos cismáticos e os hereges protestantes dizem: Roma se vendeu ao mundo. 

" A VERDADEIRA UNIDADE DA IGREJA, POR ISTO, NUNCA RESIDIU NA FORÇA MONOLÍTICA DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL ROMANA, mas, precisamente ao inverso, na floração espontânea da santidade nos lugares mais imprevisíveis e mais afastados do contato com a burocracia vaticana" p. 221

 Em suma: A Igreja de Roma não é a base da unidade da fé. Mais claro que isso é heresia, impossível.

 " há evidente mistificação em interpretar toda a simbólica maçônica...no sentido de um anticristianismo" p. 237 

Não é isso porém que pensa o venerável Papa Leão XIII: " Se todos os homens julgassem a árvore pelo seu fruto, e reconhecessem a semente e origem dos males que nos pressionam, e dos perigos que estão nos ameaçando! Nós temos que lidar com um inimigo enganoso e habilidoso, que, gratificando os ouvidos do povo e dos príncipes, os tem enleado por falas macias e por adulação. Entrando nas boas graças dos governantes sob a alegação de amizade, os Maçons tem se esforçado para fazê-los seus aliados e poderosos auxiliadores para a destruição do nome Cristão" Humanum Genus, número 28.

 " De acordo com Guénon, a civilização do ocidente se não conseguisse reunificar maçonaria e cristianismo - pequenos e grandes mistérios - restaurando o corpo cindido da espiritualidade tradicional não teria alternativa senão cair na barbárie ou islamizar-se. Como ambas as últimas tendeências não cessaram de se fortalecer nas década que transcorreram ao diagnóstico guénoniano, não se sabe aí o que é mais notável: a exatidão da profecia do grande asceta francês ou sua antecipação na alma de Goethe." P. 262

 Quer dizer: não há saída para a Igreja, segundo Olavo, senão aliar-se a maçonaria. Sem ela nada se poderia fazer contra a expansão do Islão. 


Quem tiver olhos que veja!

O anticristo e o papel dos judeus nos padres e doutores da Igreja!

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O ANTICRISTO NOS PADRES DA IGREJA.
 O rabino Amar recentemente falou da vinda do "Messias" esperado pelos judeus. Sabemos, porém, que o Messias já veio( Jesus Cristo). Logo os judeus receberão um falso Messias que a fé chama de Anticristo. Os padres esclarecem a relação entre ele e os judeus, arqui-inimigos da cristandade.


SANTO IRINEU DE LIÃO


“Além disso, afirma o que já temos abundantemente demonstrado, isto é, que o templo de Jerusalém foi construído de acordo com a prescrição do verdadeiro Deus. O Apóstolo, manifestando a sua opinião, chama-o propriamente de templo de Deus. No terceiro livro dissemos que os apóstolos, falando em seu próprio nome, nunca chamam Deus a ninguém, a não ser ao verdadeiro Deus, o Pai de nosso Senhor, por ordem do qual foi construído o
templo de Jerusalém, pelos motivos apresentados acima, no qual se assentará o adversárioquerendo passar por Deus, conforme diz também o Senhor: “Quando virdes a abominação da desolação, de que fala o profeta Daniel, instalada no lugar santo...” (S. Ireneu de Lião, Contra as heresias, Livro V, 25,2; ed. Paulus, p. 585)



“É exatamente isto que fará o Anticristo no tempo de seu reinado:
transferirá o seu reinado para Jerusalém, assentar-se-á no templo de Deus, enganando os seus adoradores, fazendo com que creiam que é o Cristo.” (S. Ireneu de Lião, Contra as heresias, Livro V, 25, 4, 587)



Jeremias não somente indica a instantaneidade da sua vinda, mas também a tribo donde ele virá, com estas palavras: “Ouviremos o barulho da velocidade dos seus cavalos vindos de Dã; pelo relinchar dos seus cordéis em corrida, toda a terra se turvará; e ele virá, e devorará a terra e o que ela contém, a cidade e os seus habitantes.” (1 Ts 5,3; Jr 8,16) É esta a razão pela qual esta tribo não será contada, no Apocalipse, entre as que se salvam.” (S. Ireneu de Lião, Contra as heresias, Livro V, 30, 2, 599)






SÃO CIRILO DE JERUSALÉM


“y dándose a si mismo con mentira el nombre de Cristo; y con esa usurpación del nombre de Cristo
enganará a los judíos que esperan al Ungido(S. Cirilo de Jerusalém, Catequesis 15, 11, ed. Ciudad Nueva, p. 340)


“Al principio, como si quiera tratara de una persona sensata y prudente, simulará bondad, moderación y humanidad,
dando el pego a los judíos, como si fuese el Cristo esperado, con signos y prodígios” (S. Cirilo de Jerusalém, Catequesis 15, 11, ed. Ciudad Nueva, p. 340)


“ ‘Y dice tambiém: Que se opone y se alza sobre todo lo que lleva el nombre de Dios o es adorado. Sobre todo Dios; es decir, que el Anticristo odiará los ídolos:
Hasta el punto de sentarse él mismo en el templo de Dios (2 Ts 2,4)’. ¿Y de qué templo se trata? Habla del templo judio que fue destruído; ¡ por Dios !, que no se refiera a este en el que nos encontramos. ¿ Por qué décimos esto ? Para que no parezca que nos favorecemos a nosotros mismos. Porque si viene a los judíos como Mesíasy quiere que lo adoren, para engañarles mejor mostrará su celo por el templo, sembrando la sospecha de que él es del linaje de David, el quereedificará el templo que ya fue construído por Salomón.” (S. Cirilo de Jerusalém, Catequesis 15, 15, ed. Ciudad Nueva, p. 342 / 343)





RUFINO DE AQUILÉIA


“Debemos saber, sin embargo, que esta venida salvífica de Cristo tratará de simularla fraudulentamente el enemigo con el fin de enganar a los fieles, presentándose el hijo de la perdición con signos y prodígios enganosos en lugar del Hijo del hombre, que se espera que venga el la majestad de su Padre, introduciendo en este mundo al Anticristo en vez de a Cristo; acerca de esto el
Señor en el Evangelio anunció a los judíos: Vine en nombre de mi Padre y no me recibisteis; vendrá outro en su nombre y recibiréis” (Jn 5, 43)(Rufino de Aquileya, Explicación del Símbolo, 32, ed. Ciudad Nueva, p. 94)





SÃO JERÔNIMO


“Egipto quedará em la desolación e Idumea se convertirá em um desierto de perdición, porque obraron inicuamente com los hijos de Judá, al derramar sangre inocente em su tierra. Dicen los Setenta: Egipto quedará destruído e Idumea se converterá em um campo de desolación a causa de las iniqüidades de los hijos de Judá, puesto que derramaron sangre justa em su tierra. Tambiém respecto a este pasaje a los
judíoslos invade um sueño profundo, al forjarse la vana esperanza de que em los últimos tiempos, cuando van recibir, no a Cristo, sino al anticristo...” (S. Jerônimo, Comentário a Joel, Jl, 3, 19; Obras completas, IIIa, comentários a los profetas menores, ed. BAC, p. 385)





"Não cremos que o Anticristo seja, como alguns pensam, o diabo, ou algum demônio, senão que será algum homem em quem habitará corporalmente satanás inteiro"(São Jerônimo apud Sagrada Bíblia en latin y español con notas de D. Agustín Calmot, 1833)







SÃO JOÃO DAMASCENO


“Es necesario que el Anticristo deve venir. Em efecto, Anticristo es todo aquel que no confiese que el Hijo de Dios vino en la carne (Jn 4, 2-3), que es Dios perfecto y que juntamente com ser Dios se hizo hombre perfecto. Igualmente y en modo particular y especial, se dice Anticristo al que vendrá al final del mundo (Mt 13,40). Así pues, es necesario primero predicar el Evangelio en todos los pueblos (Mt 24,14), como dijo el Señor, como argumento para los judíos contrários a Dios. En efecto, el Señor les dijo: Yo vengo en el nombre de mi Padre y no me recibís, si outro viene en su próprio nombre, a ese lo recibiréis. (Jn 5,43) Y el Apóstol dijo: Puesto que no aceptaron el amor de la verdad para ser salvados, por esto les envio Dios una fuerza de engano para que creyeran a la mentira, para que sean juzgados todos los que no creyeron a la verdad, sino que se complacieron en la injusticia (2 Ts 2, 10-12).
Los judíos no recibieran al que era Hijo de Dios, al Señor Jesucristo que también es Dios; sin embargo, recibirán al enganador, al que dice de si mismo que es dios. (Cf. 2 Jn 7; Cf. Juan Crisóstomo, Homiliae in 2 Thess., 4, 1: PG 60, 487). Sin duda, el angel enseña a Daniel que el Anticristo se llamará a si mismo de dios quando dice: “No escuchará a los dioses de sus padres (Dn 11,37) Y el Apóstol dice: Que nadie os engane de ningún modo. Primero tiene que venir el hombre de la iniquidad, el hijo de la perdición, el opositor, el que se rebela contra todo lo llamado Dios o es objeto de veneración. De modo que se sentará en el Templo de Dios, no en el nuestro sino en el antiguo en el de los judíos, porque no vendrá a nosotros, sino a los judíos.”(S. João Damasceno, Exposición de la fe, Libro IV, 26 (99), ed. Ciudad Nueva, p. 305ss)





HIPÓLITO DE ROMA


"
Antichrist, who is also himself to raise the kingdom of the Jews." [Anticristo, nascerá do reino dos judeus] (Hippolytus of Rome, Treatise on Christ and Antichrist. n.25) Disponível em: http://www.earlychristianwritings.com/text/hippolytus-christ.html

“Now, as our Lord Jesus Christ, who is also God, was prophesied of under the figure of a lion, on account of His royalty and glory, in the same way have the Scriptures also aforetime spoken of Antichrist as a lion, on account of his tyranny and violence. For the deceiver seeks to liken himself in all things to the Son of God. Christ is a lion, so Antichrist is also a lion; Christ is a king, so Antichrist is also a king. The Saviour was manifested as a lamb; so he too, in like manner, will appear as a lamb, though within he is a wolf. The Saviour came into the World in the circumcision, and he will come in the same manner. The Lord sent apostles among all the nations, and he in like manner will send false apostles. The Saviour gathered together the sheep that were scattered abroad, and he in like manner will bring together a people that is scattered abroad. The Lord gave a seal to those who believed on Him, and he will give one like manner. The Saviour appeared in the form of man, and he too will come in the form of a man.
The Saviour raised up and showed His holy flesh like a temple, and he will raise a temple of stone in Jerusalem. (Cristo mostrou Sua carne como um Templo, e se levantou no terceiro dia; e ele, também, levantará novamente o Templo de pedra em Jerusalém.) And his seductive arts we shall exhibit in what follows. But for the present let us turn to the question in hand. (S. Hippolytus of Rome, Treatise on Christ and Antichrist. n. 06)Disponível em: http://www.earlychristianwritings.com/text/hippolytus-christ.html






“For in every respect that deceiver seeks to make himself appear like the Son of God. Christ is a lion, and Antichrist is a lion. Christ is King of things celestial and things terrestrial, and Antichrist will be king upon earth. The Saviour was manifested as a lamb; and he, too, will appear as a lamb, while he is a wolf within. The Saviour was circumcised, and he in like manner will appear in circumcision. The Saviour sent the apostles unto all the nations, and he in like manner will send false apostles. Christ gathered together the dispersed sheep, and he in like manner will gather together the dispersed people of the Hebrews. Christ gave to those who believed on Him the honourable and life-giving cross, and he in like manner will give his own sign. Christ appeared in the form of man, and he in like manner will come forth in the form of man. Christ arose from among the Hebrews, and he will spring from among the Jews.
Christ displayed His flesh like a temple, and raised it up on the third day; and he too will raise up again the temple of stone in Jerusalem. And these deceits fabricated by him will become quite intelligible to those who listen to us attentively, from what shall be set forth next in order.”(Hippolytus de Roma, A discourse by the most blessed Hippolytus, bishop and martyr, on the end of the world, and on Antichrist, and on the second coming of our lord Jesus Christ. Section XX)



http://www.ccel.org/ccel/schaff/anf05.iii.v.i.xx.html?highlight=antichrist,temple#highlight


“For as Christ springs from the tribe of Judah, so
Antichrist is to spring from the tribe of Dan. And that the case stands thus, we see also from the words of Jacob: "Let Dan be 'a serpent, lying upon the ground, biting the horse's heel."(Gn 49, 17. Dã será uma serpente no caminho, uma cobra na estrada, que morde a pata do cavalo e derruba o cavaleiro.)
(S. Hippolytus of Rome, Treatise on Christ and Antichrist. n. 14) Disponível em: http://www.earlychristianwritings.com/text/hippolytus-christ.html



SÃO JOÃO CRISÓSTOMO


“Yo he venido en nombre de mi Padre y no me recibís. Si otro viene en su nombre propio, a ése lo recibiréis. ¿Observas cómo continuamente afirma haber venido para esto, y haber recibido del Padre la potestad de juzgar, y que nada puede hacer de sí mismo, todo con el objeto de quitar toda ocasión de malicia? Mas ¿a quién se refiere al decir que vendrá otro en nombre propio? Deja aquí entender a! Anticristo y con un argumento irrebatible les demuestra su perversidad [de los
judíos] ... También por aquí podía haberles demostrado que no amaban a Dios, pues no recibían al que se decía enviado de Dios. Pero demuestra la impudencia de ellos por el camino contrario, o sea que al Anticristo sí lo recibirían. Puesto que no recibían al que se decía enviado de Dios, y en cambio más adelante adorarían a otro que no conocería a Dios, sino que, lleno de jactancia se diría él mismo ser Dios, quedaba manifiesto que la persecución tenía como origen la envidia y el odio de Dios... Pablo, hablando del Anticristo proféticamente, dice: Les enviará Dios toda suerte de seducciones perversas para que acaben condenados, pues no creyeron en la verdad, al paso que se complacían en la injusticia”. (S. João Crisóstomo, Homílias sobre el evangelio de san juan /2, Ed. Ciudad Nueva, p. 131. Homilia 41, Juan 5, 39-47)



"Quem será este Anticristo? Será satanás? Não, senão um homem em quem se encontrará toda a eficácia de Satanás, porque segundo o Apóstolo, será um homem que se levantará contra tudo que se chama Deus"(São João Crisóstomo, apud Sagrada Bíblia en latin y español con notas de D. Agustín Calmot, 1833)



SANTO HILÁRIO DE POITIERS




“O de otro modo, el Señor da a conocer un indicio seguro de su venida futura diciendo: "Cuando viereis que la abominación". Esto lo dijo el profeta refiriéndose a los tiempos del Anticristo. Fue llamada abominación, porque viniendo contra Dios, reclama para sí el honor de Dios; y abominación de desolación, porque ha de desolar toda la tierra con guerras y mortandades, y por esto,
recibido por los judíos, se instalará en el lugar de santificación, para que donde se invocaba a Dios por las súplicas de los santos, recibido por los infieles, sea venerado con los honores de Dios. Y porque este error será más propio de los judíos, que por haber menospreciado la verdad abracen la falsedad, les aconseja que abandonen Judeay se marchen a los montes, no sea que mezclándose con aquellas gentes crean en el Anticristo y no puedan escapar de la perdición. Y lo que dice: "Y el que esté en el tejado no descienda", etc., se entiende de este modo: El techo es lo más alto de la casa y la conclusión más elevada de toda habitación; por lo tanto, todo aquél que se esforzare en la conclusión de su casa (esto es, en la perfección de su corazón), y en hacerse nuevo por la regeneración, y elevado según el espíritu, no deberá rebajarse por la codicia de bienes mundanos. "Y el que estará en el campo", etc., esto es, cumpliendo con su deber, no vuelva a los cuidados antiguos, por los que habrá de volver a tomar el vestido formado por los pecados viejos con que se cubría”. (San Hilario de Poitiers, in Matthaeum, 25, apud Catena Áurea de São Tomás de Aquino, Mt 24,15-22) Disponível em http://hjg.com.ar/catena/c238.html



Nos dias difíceis e de tempestade da Igreja, ai das almas minadas pela incerteza e nas quais a fé e a piedade estiverem ainda em estado embrionário ou ainda na infância. Umas, surpreendidas no embaraço de suas incertezas e atrasadas por causa das irresoluções de seu espírito constantemente irrequieto, estarão muito pesadas para escapar às perseguições do anticristo. Outras, tendo apenas degustado os mistério da fé e embebidas somente de uma fraca dose de ciência divina, não terão força suficiente e habilidade necessário para resistir a tão grandes assaltos” (Santo Hilário de Poitiers, Comentários sobre o Evangelho de São Mateus, 25. 6).



SÃO GREGÓRIO DE TOURS



Concerning the end of the world, I believe what I have learnt from those who have gone before me. Antichrist will assume circumcision, asserting himself to be the Christ. He will then place a statue to be worshipped in the Temple at Jerusalem, as we read that the Lord has said, ‘Ye shall see the abomination of desolation standing in the holy place’.” (from the writings of Gregory of Tours) Disponível em: http://www.ccel.org/ccel/pink/antichrist.chap02.html



SULPÍCIO SEVERO


“But when we questioned him concerning the end of the world, he said to us that Nero and
Antichristhave first to come; that Nero will rule in the Western portion of the world, after having subdued ten kings; and that a persecution will be carried on by him, with the view of compelling men to worship the idols of the Gentiles. He also said that Antichrist, on the other hand, would first seize upon the empire of the East, having his seat and the capital of his kingdom at Jerusalem; while both the city and the temple would be restored by him.” (Sulpitius Severus, Dialogue II. Concerning the Virtues of St. Martin. Dialogues of Sulpitius Severus. Chapter XIV)


























SANTO AGOSTINHO DE HIPONA




Em que templo de Deus se sentará? Não sabemos se nas ruínas do templo de Salomão ou na Igreja. É claro que o Apóstolo não chamaria templo de Deus ao templo de algum ídolo ou do demônio. Por isso alguns pretendem que essa passagem que fala do anticristo não se refira ao príncipe, mas a seu corpo todo, ou seja, à multidão de homens que lhe pertencem, com ele à cabeça. E acham mais correto seguir o texto grego e não dizer em latim in templo Dei (no templo de Deus), na in templum Dei sedeat (tome assento dentro do templo de Deus)”(S. Agostinho, A cidade de Deus, c. XIX, ed. Vozes, p. 455)


“Outros, porém, acham que tanto estas palavras: ‘já sabeis a causa que o detém, como estas: já começou a operar-se o
mistério da iniqüidade, se referem unicamente aos maus e aos hipócritas existentes na Igreja, até formarem número capaz de constituir o povo do anticristo. É, dizem eles, ao que chama mistério de iniqüidade, porque é coisa oculta. Essas outras palavras seriam exortação do Apóstolo aos fiéis para perseverarem firmes na fé: Só que aquele que agora se mantém se mantenha em pé até ser tirado do meio, quer dizer, até sair da Igreja o mistério de iniqüidade agora oculto. E acreditam aludirem a esse mistério aquelas palavras do evangelista São João em sua epístola: Filhos, está já é a última hora e, como haveis ouvido que há de vir o anticristo, assim agora muitos se fizeram anticristos. Isso faz-nos perceber que já é a última hora. Saíram de nós, mas não eram dos nossos, pois, se fossem dos nossos, haveriam sem dúvida, perseverado conosco. Assim como, dizem eles, antes do fim, antes dessa hora que São João chama a última, já saíram da Igreja muitos hereges, pelo Apóstolo chamados anticristos, assim também todos os não pertencentes a Cristo, mas ao anticristo, então sairão e se manifestarão.” (S. Agostinho, A cidade de Deus, c. XIX, ed. Vozes, p. 456)




SÃO GREGÓRIO MAGNO


"por uma terrível e misteriosa disposição de Deus", antes do aparecimento do Anticristo,"ficarão subtraídos da Igreja, os milagres e os prodígios". "Se esconde a profecia, desaparece a graça das curas, diminui a virtude de larga abstinência, calam as palavras de doutrina, são excluídos todos os prodígios milagrosos". Não é que a providência elimine completamente essas coisas,"mas não as deixará ver com freqüência e claridade dos tempos do Anticristo". Isto, Deus os permite, para que nas dificuldades resplandeça mais a virtude dos bons, privada esta "de quase toda multidão e manifestação dos milagres". Estes não faltarão, mas em comparação como os que fará Satanás parecerão "pouco ou nada"(S. Gregório Magno, Moralia in Job, XXXIX, 7, PL 76; Fonte: Los carismas en la Iglesia, Domenico Grasso, ediciones Cristiandad.

















SÃO CESÁRIO DE ARLES




Seus pés se pareciam ao bronze fino incandescido na fornalha’. (Ap 1, 15). Os pés incandescidos significam que a Igreja, ante a iminência do dia do juízo há de ser provada com abundantes perseguições e julgada pelo fogo. E dado que o pé é a parte extrema do corpo, se diz que os pés estás incandescentes, pelos pés devemos entender a Igreja dos últimos tempos, que será provada, como o ouro na fornalha, com muitas tribulações.” (São Cesário de Arles, Comentario al Apocalipsis. Madrid: Editorial Ciudad Nueva, 1994, p. 27)

Nós temos escutado, irmãos queridos, na leitura que acaba de ser recitada: 'Naquela hora sobreveio um grande terremoto'(Ap 11,13). Aquele terremoto significa a perseguição que o diabo costuma a exercer por meio dos homens maus. ‘E caiu uma décima parte da cidade e pereceram no terremoto sete mil pessoas.’O número dez e o sete são números perfeitos; porque se assim não fosse, haveríamos de entender o todo pela parte. Com efeito, na Igreja existem dois edifícios: um edificado sobre a rocha, e o outro sobre a areia; o que está sobre a areia é o que se diz que se derruba. ‘As demais, aterrorizadas, deram glória ao Deus do céu.’Os que davam glória a Deus são aqueles que estão cimentados sobre a rocha e os que haviam perecido são os que estavam sobre a areia.” (São Cesário de Arles, Comentario al Apocalipsis. Madrid: Editorial Ciudad Nueva, 1994, p. 83)

E posto que existe duas partes na Igreja, quer dizer a dos bons e a dos maus, deste modo uma parte é castigada para que se corrija e a outra é abandonada a suas voluptuosidades. A parte dos bons é entregue a humilhação para conhecer a justiça de Deus e recordar o dever da penitência” (São Cesário de Arles, Comentario al Apocalipsis. Madrid: Editorial Ciudad Nueva, 1994, p. 73)


“nos tempos do Anticristo, o reino da besta será mesclado com a variedade de nações e povos”
(São Cesário de Arles, Comentario al Apocalipsis. Madrid: Editorial Ciudad Nueva, 1994, p. 92)






O ANTICRISTO NOS TEÓLOGOS E SANTOS MEDIEVAIS





ALCUÍNO


“Como si dijera: he venido al mundo para que el nombre de mi Padre sea glorificado por mí, puesto que todo lo atribuyo al Padre. Como no tenían amor de Dios, no querían recibir a Aquél que venía a hacer la voluntad del Padre. Mas el Anticristo vendrá, no en el nombre del Padre, sino en el suyo propio, y no buscando la gloria del Padre, sino la suya. Y como
los judíosno quisieron recibir a Jesucristo, se les castigará su pecado con mucha razón, haciéndoles que reciban el Anticristo, para que los que no quisieron creer en la verdad crean en la mentira”. (Alcuíno, apud Catena Áurea de São Tomás de Aquino, Jn 5,41-47)
Disponível em:
http://hjg.com.ar/catena/c697.html








SÃO TOMÁS DE AQUINO




“Estabelece logo (o apóstolo) a verdade, a dizer: "Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade” (II Tessalonicenses 2:1-3) (SÃO TOMÁS DE AQUINO - COMENTARIO A LA SEGUNDA EPÍSTOLA A LOS TESALONICENSES - Lección 1: 2 Tesalonisenses 2,1-5)



“entenda-se a apostasia ou separação do Império Romano, a quem todo mundo estava submetido(...) Mas como pode ser isto, sendo que já se passaram muitas centúrias desde que os gentios se apartaram do Império Romano, e, todavia, o Anticristo ainda não veio. Digamos que o Império Romano ainda segue de pé, mas mudada sua condição temporal em espiritual, como disse São Leão papa em um sermão sobre os apóstolos. Por conseguinte, a separação do Império Romano há de entender-se, não somente na ordem temporal, senão também espiritual, a saber: da fé da Igreja Romana. E este é um sinal significativo, pois assim, como Cristo veio quando o Império Romano senhoreava sobre todas as nações, assim, ao contrário, o sinal do Anticristo é a separação ou apostasia dele (isto é, da fé da Igreja Romana)
(SÃO TOMÁS DE AQUINO - COMENTARIO A LA SEGUNDA EPÍSTOLA A LOS TESALONICENSES - Lección 1: 2 Tesalonisenses 2,1-5)


(...) da mesma maneira, em todas as perseguições que a Igreja sofreu, os tiranos foram como figura do Anticristo, em que ele estava latente; e assim, toda aquela malícia, que estava escondida neles, se fará patente no tempo do Anticristo (...) (SÃO TOMÁS DE AQUINO - COMENTARIO A LA SEGUNDA EPÍSTOLA A LOS TESALONICENSES - Lección 1: 2 Tesalonisenses 2,1-5)




(...) Assim, o Anticristo...se sentará no templo. Mas em que templo? Acaso não foi este destruído pelos Romanos? Por isso, alguns dizem que o Anticristo é da tribo de Dan, que não se nomeara entre as outras (Ap 12, 7); e por isso, também os judeus o receberão primeiro, e reedificarão o templo em Jerusalém, e assim se cumprirá a profecia de Daniel: “e estará no templo a abominação da desolação” (Mt 27, 24). Mas alguns dizem que nunca será reedificada Jerusalém, senão que durará a desolação até a consumação e fim do mundo. Crença também admitida por alguns judeus; por isso, a explicação que dão “no templo de Deus” se refere a Igreja, por que muitos eclesiásticos receberão o Anticristo.”
(SÃO TOMÁS DE AQUINO - COMENTARIO A LA SEGUNDA EPÍSTOLA A LOS TESALONICENSES - Lección 1: 2 Tesalonisenses 2,1-5)


Por que Eva foi enganada pelo diabo e não Adão segundo Sto. Agostinho?

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Segundo Agostinho, Eva foi a maior culpada no que tange ao primeiro pecado, chamado de pecado original. O santo doutor diz em sua obra " A Cidade de Deus" tomo II, livro décimo quarto, capítulo 11 sobre a queda do primeiro homem:

"O diabo escolheu a cobra...animal lúbrico...com o propósito de falar com sua boca...com perversidade espiritual, falou com falácia à mulher. Começou pela parte inferior da sociedade humana, para gradualmente ascender ao todo, na consciência de que o homem não seria tão facilmente crédulo e não poderia ser enganado por erro, senão acedendo ao erro alheio".
 
Em suma o doutor da Igreja afirma que:
 
1- A cobra foi escolhida por satanás para falar à mulher por sua "lubricidade": isso significa por ser "escorregadia". Essa figura corresponde a um significado; a qualidade lisa ou escorregadia da cobra remete à sensualidade, ou seja, ao apego aos sentidos, ao prazer sensível.
 
2- O diabo usou de falácia: mentiu para a mulher ao dizer que ela não morreria se comesse do fruto.
 
3- O diabo tentou a mulher devido a sua fraqueza natural e sua inclinação maior aos sentidos. A mulher é naturalmente mais sensível que o homem. Seu corpo é mais dotado de pontos capazes de sentir prazer que o do homem. O diabo a tentou com a esperança de um prazer sensível decorrente de comer o fruto; apresentou-o como saboroso.
 
4- O homem, sendo menos sensível ao estímulo do prazer, não foi por primeiro tentado pelo diabo que seria rechaçado se o fizesse.
 
Para demonstrar a superioridade da natureza masculina, mais mental, que a da mulher, mais sensual,  Santo Agostinho cita alguns exemplos da escritura como:
 
" Aarão não deu seu consentimento ao povo para a construção do ídolo, induzido ao erro, mas cedeu obrigado"
 
"nem é crível haver Salomão pensando erroneamente que se devia sacrificar aos ídolos mas foi forçado pelo COQUETISMO DE SUAS CONCUBINAS a cometer semelhantes sacrilégios".
 
Ou seja: Salomão cedeu aos encantos faceiros de suas concubinas e não por convicção mental.  Coquete significa aquilo que é "provocante, que é agradável à vista." Segundo o filósofo francês Rousseau, essa é a principal qualidade da mulher, a que lhe é mais inata: a capacidade de provocar desejo no homem através do encanto corpóreo e dos gestos sensuais.
 
Assim continua Agostinho dizendo:
 
" Assim também estamos em nosso direito ao dizer que o primeiro homem violou a lei de Deus, não porque crera na verdade aparente do que lhe dissera a mulher... mas por condescender com ela por causa do amor que os unia. Não em vão disse o apóstolo: Adão não foi enganado, por sua vez, a mulher, sim. Eva tomou por verdadeiras as palavras da serpente e Adão não quis romper o único enlace mesmo na comunhão do pecado. Nem por isso é menos culpado, pois pecou,  com ciência e consciência. Desse modo não diz o apóstolo: Não pecou", mas "Não foi enganado"...sem experiência da severidade divina julgou ele, Adão, venial o cometido, enganando-se só na apreciação da gravidade do pecado. Por isso não foi seduzido no que o foi a mulher mas errou no modo que Deus havia de julgar a escusa: "a mulher que me deste ofereceu-me e comi"
 
Agostinho deixa patenteado que Adão só pecou porque cedeu aos encantos da mulher e não por convicção racional de que o ato não fosse pecaminoso. Adão sabia se tratar de pecado mas julgou-o venial - leve. Preferindo ceder a mulher - para não perder os seus favores e o seu amor - transgrediu a lei eterna. Já a mulher pecou por ter se deixado levar pelo seu apego as aparências sensíveis; por causa dela corrompeu seu juízo julgando bom o que era mau.
 
A leitura feita pelo santo doutor permitem muitas conclusões importantes: uma é de que numa sociedade a autoridade deve estar enfeixada nas mãos dos homens, já que, como ele mesmo afirma, são os mesmos a parte superior da sociedade sendo a mulher inferior, dada a sua natureza mais sensual. Assim como a razão deve governar os sentidos os homens devem governar sobre as mulheres. Não sem razão, Nosso Senhor Jesus Cristo, instituiu sua Igreja apenas com base na autoridade de Apóstolos, ou seja de "Varões Eleitos" para governá-la. Uma sociedade que estabelece a igualdade entre os sexos - não a igualdade de dignidade, coisa cristianíssima, que significa que homem e mulher tem, cada um a seu modo, direitos e deveres e que, moralmente são iguais perante Deus - no sentido de igualdade de papéis ou de poder( onde mulheres passam a ter o poder de governar a casa ignorando ou suplantando a autoridade marital ou pior, quando mulheres, em razão de divórcios, passam ter a função de "pais de família") rumará, inevitavelmente, para a ruína.

Escrito por Rafael G. Queiroz( Professor de filosofia, história e catequista católico).

Tirania eclesiástica em Goiânia!! Solidariedade ao jovem Marco Rossi!!

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Dom Cruz apoia reitor petista da PUC Goiás, se colocando claramente contra a fé católica
 
 
Mais uma vez a Igreja Católica do Brasil deixa clara sua opção preferencial pelo comunismo!

Em recente polêmica envolvendo o jovem Marco Rossi que reivindicou a demissão do reitor da PUC de Goiás, sr. Wolmir Amado, em razão de sua filiação ao PT, a arquidiocese de Goiás lançou a seguinte nota:

"Comunicado da Arquidiocese de Goiânia sobre (auto) excomunhão latae sententiae de Marco Rossi Medeiros da Igreja Católica.

Em razão dos posicionamentos públicos de Marco Rossi Medeiros contra a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e vários irmãos no episcopado, bem como, recentemente, contra a Pontifícia Universidade Católica de Goiás, seu reitor, reitoria e corpo docente, no cumprimento da responsabilidade de nosso ministério, tornamos pública nossa reprovação a suas palavras, atitudes e métodos difamatórios, que intentam macular instituições, organizações e vidas de pessoas.

Em suas investidas, embora se declare católico, Marco Rossi Medeiros não fala e nem age em nome da Igreja Católica.

Lembramos oportunamente que ao bispo da Igreja arquidiocesana – e somente a ele, dentro de sua circunscrição eclesiástica -, compete a responsabilidade canônica de promover e garantir a unidade e a retidão da doutrina e da fé. Somente do arcebispo é a competência para discernir, decidir, nomear, destituir e acompanhar o governo das instituições eclesiais da Arquidiocese de Goiânia.

Todo e qualquer católico que se outorga ilegítimos direitos de suscitar rupturas na unidade da Igreja está por isso mesmo atentando contra a comunhão e se colocando fora dela ‘latae sententiae’.

Reiteramos nosso apoio, solidariedade e gratidão à PUC Goiás, ao reitor e à reitoria, aos gestores, professores e funcionários, pelo serviço e pelo bem que prestam à Educação Superior, à nossa querida Pontifícia Universidade Católica e à Arquidiocese de Goiânia.

No Ano da Misericórdia, oremos ardentemente pela paz e pela harmonia do povo brasileiro. Recusemos e reprovemos, com firmeza, qualquer prática acusatória e ofensiva que incite ao ódio e à divisão, na família, na Igreja e na sociedade.

No fiel discipulado missionário, unidos à paixão de Cristo, como Igreja, continuemos perseverantes, rumo ao Reino definitivo.

Rezemos por este irmão, para que seja tocado pela ação do Espírito Santo e tenha a proteção da Santa Mãe de Deus.

Dom Washington Cruz, arcebispo de Goiânia e Grão Chanceler da PUC Goiás
Dom Levi Bonatto, bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia."

 

Dom Cruz, com isso cometeu um ato tirânico e anti-evangélico. Em resposta a este ato queremos aqui protestar e defender o gesto do sr. Rossi.

 O teor do documento da arquidiocese levanta a acusação de que Marco Rossi incorreu em cisma levando em conta o cânon 1364 do CDC que diz § 1. O apóstata da fé, o herege ou o cismático incorre em excomunhão latae sententiae.

Ora é evidente que não há, no gesto do rapaz, nenhum objetivo de fomentar a divisão dentro do rebanho católico mas sim de fazer uso de suas prerrogativas e direitos como leigo católico quais sejam as garantidas pelos cânons 208 a 223; entre as coisas disciplinadas por estes cânons destacamos:

- Direito, e até o dever, de manifestar aos Pastores sagrados a própria opinião sobre o que afeta o bem da Igreja.

Logo o sr. Marco Rossi quis alertar a situação de perigo que vive a Igreja no Brasil. Ora é sabido o apoio que a CNBB dá ao PT, partido que tem promovido descalabros como aborto, homossexualismo, políticas de cunho socialista, absurdos incompatíveis com a doutrina católica. Não é possível que um leigo relegue para segundo plano seu dever de alertar o rebanho para esse problema e que não levante a voz para lembrar aos bispos sua obrigação grave de fomentar em meio a Igreja a sã doutrina e a sã disciplina, quando eles mesmos esqueceram disso.

Santo Tomás afirma que “A emissão de um juízo exige três condições. Primeiro, o poder de governar súditos, donde o dizer a Escritura: Não pretendas ser juiz se não tens valor para romperes com esforço por entre as iniquidades. Em segundo lugar é necessário a retidão do zelo, isto é, não devemos proferir o juízo por ódio ou inveja, mas por amor da justiça, segundo aquilo da Escritura: Porque o Senhor castiga aquele a quem ama e acha nele a sua complacência como um pai a seu filho. Terceiro, é necessária a sabedoria, fundada na qual formamos o juízo, donde o dizer a Escritura: O juiz sábio fará justiça ao seu povo. Ora, as duas primeiras condições o juízo as preexige; mas na terceira é que propriamente se funda a forma dele, pois, a razão mesma do juízo é a lei da sabedoria ou da verdade, segundo a qual julgamos.”( Suma Teológica III parte, A vida de Cristo, Questão 59, artigo 1: se o poder judiciário deve ser especialmente atribuído a Cristo).

Assim ainda que Dom Cruz esteja investido do poder de governar súditos, não está imbuído nem de retidão de zelo – pois usa dois pesos e duas medidas: considera grave que o jovem Marco Rossi proteste contra a filiação do reitor da PUC Goiás ao PT mas não considera grave que um reitor de uma Universidade Pontifícia, cujo papel é fomentar a cultura desde uma perspectiva católica, seja filiado a um partido que se põe na contramão da moral católica -nem de vontade acérrima de romper com a iniquidade promovida pelo PT.  Destarte só podemos concluir com Santo Tomás que este ato é movido por ódio: ódio ao fato de o sr. Marco Rossi ter revelado a contradição abjeta da linha de ação da Arquidiocese com os excelsos ditames da Fé Católica.

A terceira condição para o juízo é a sapiência como bem diz Santo Tomás em sua suma. É ela que valida a forma do juízo. Um juízo não fundado na verdade não é juízo. E aqui perguntamos a Dom Cruz: onde está a verdade quando o sr. permite que um reitor adira a um partido cuja linha de pensamento diverge radicalmente de tudo quanto a Igreja ensina em matéria social e de tudo que ela ensina quanto a malignidade do socialismo( ao qual o PT se filia, inegavelmente como vemos aqui: https://www.youtube.com/watch?v=efkaaNgNI_c) ? Onde está a verdade de vosso juízo Dom Cruz, quando o sr. ignora que isso atenta ao que dizes em vossa carta pastoral “ A universidade católica no coração do mundo” no número 14, onde o senhor mesmo assevera que a vós cabe zelar pela ortodoxia católica dentro do ambiente da PUC Goiás???

O documento da sagrada congregação para a doutrina da fé datado de 2002, referente a ação política dos católicos diz que “ [4] Neste contexto, há que acrescentar que a consciência cristã bem formada não permite a ninguém favorecer, com o próprio voto, a actuação de um programa político ou de uma só lei, onde os conteúdos fundamentais da fé e da moral sejam subvertidos com a apresentação de propostas alternativas ou contrárias aos mesmos. Uma vez que a fé constitui como que uma unidade indivisível, não é lógico isolar um só dos seus conteúdos em prejuízo da totalidade da doutrina católica. Não basta o empenho político em favor de um aspecto isolado da doutrina social da Igreja para esgotar a responsabilidade pelo bem comum...Quando a acção política se confronta com princípios morais que não admitem abdicações, excepções ou compromissos de qualquer espécie, é então que o empenho dos católicos se torna mais evidente e grávido de responsabilidade. Perante essas exigências éticas fundamentais e irrenunciáveis, os crentes têm, efectivamente, de saber que está em jogo a essência da ordem moral, que diz respeito ao bem integral da pessoa. É o caso das leis civis em matéria de aborto e de eutanásia….[7 ]Aconteceu, em circunstâncias recentes, que também dentro de algumas associações ou organizações de inspiração católica, surgiram orientações em defesa de forças e movimentos políticos que, em questões éticas fundamentais, exprimiram posições contrárias ao ensinamento moral e social da Igreja. Tais escolhas e alinhamentos, estando em contradição com princípios basilares da consciência cristã, não são compatíveis com a pertença a associações ou organizações que se definem católicas. Verificou-se igualmente, que certas revistas e jornais católicos em determinados países, por ocasião de opções políticas, orientaram os eleitores de modo ambíguo e incoerente, criando equívocos sobre o sentido da autonomia dos católicos em política, e não tendo em conta os princípios acima referidos...Neste âmbito, há que recusar as posições políticas e os comportamentos que se inspiram numa visão utópica que, ao transformar a tradição da fé bíblica numa espécie de profetismo sem Deus, instrumentaliza a mensagem religiosa, orientando a consciência para uma esperança unicamente terrena que anula ou redimensiona a tensão cristã para a vida eterna.”( NOTA DOUTRINAL sobre algumas questões relativas à participação e comportamento dos católicos na vida política).

Portanto como conciliar as determinações da CDF em 2002 com o fato de um reitor de uma universidade pontifícia estar filiado a um partido como o PT? Como negar que o PT assumiu uma luta pelo aborto( http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,ministra-vai-a-onu-e-ja-tera-debate-sobre-aborto,835007) em nosso país? Como admitir que alguém que se filia a um partido desses possa ser protegido e ter seu cargo preservado sob a alegação de que exerce a liberdade de filiação partidária e ao mesmo tempo punir um jovem que protesta contra esta grave injúria a fé e que se levanta em nome dos princípios elencados na Nota doutrina da CDF em 2002?

Respeitamos vossa autoridade apostólica Dom Cruz, mas não podemos nos furtar de dizer que não restam dúvidas: o senhor age como um tirano. Ao invés de zelar pela boa ordem na PUC Goiás, usa a lei para proteger um reitor que colabora com um partido onde os conteúdos morais da fé são subvertidos de modo claro e público e pune um jovem que se ocupa do bem do rebanho. Quem de fato promove a divisão do rebanho é vossa excelência ao permitir que sujeitos dotados de má doutrina ocupem cargos de comando numa universidade católica.

"é preciso saber que, caso se tratasse de um perigo para a Fé, os superiores deveriam ser repreendidos pelos inferiores, mesmo publicamente. Isso ressalta da maneira e da razão de agir de São Paulo em relação a São Pedro, de quem era súdito, de tal forma, diz a glosa de Santo Agostinho, que 'o próprio Chefe da Igreja mostrou aos superiores que, se por acaso lhes acontecesse abandonarem o reto caminho, aceitassem ser corrigidos pelos seus inferiores’" (S. Tomás., Sum. Theol. IIa-IIae, q. 33, art. 4, ad 2m).

Por Rafael G. Queiroz.






Olavo contra o magistério e os santos, sobre hereges e livros suspeitos: mais uma descida ao inferno da seita olavista!!!

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Anos atrás o professor católico, Fedeli, provou o caráter heretizante das doutrinas de Olavo. Porém ainda há católicos que levam o sujeito a sério.

Senhores mais uma vez fazemos nosso o dever de denunciar a perigosa e serpentina seita do astrólogo de Campinas, vulgo Olavo de Carvalho. Toda seita se caracteriza por ter uma doutrina própria e não aquela que Nosso Senhor Jesus Cristo revelou e continua a ensinar pela boca da Igreja.
É exatamente o que se dá no caso do círculo fanatizado formado por Carvalho. Contando com devotados alunos, quais ovelhas dedicadas ao pastor, sua doutrina perigosa e falsa vai sendo espalhada em meios católicos sob a falsa justificativa de ele é um homem de fé. Não é preciso ir muito longe. O senhor Caio Rossi, por meio de seus oportuníssimos vídeos sobre a relação entre o senhor Olavo e a doutrina perenialista e ainda, sobre a ligação entre perenialismo e satanismo ( Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=jUH4S1tzGCg) já demonstrou cabalmente que estamos perante uma perigosa seita que visa infiltrar ambientes eclesiásticos.
Para demonstrar de modo ainda mais cristalino que o astrólogo paulista - que se faz passar por filósofo sem que jamais tenha terminado o segundo grau - tem uma doutrina oposta a da santa mãe Igreja, faremos uma breve exposição de alguns de seus ditos com o ensino dos santos e papas.
1- Olavo e hereges:
Olavo sustenta que: "O pessoal acha que ser cristão é defender posições doutrinárias, e em nome delas difamar, mentir, achincalhar, desprezar, fazer-se de superior. ESSE É O CAMINHO SEGURO DO INFERNO." (Olavo de Carvalho, Via Facebook, 6.4.2014)
Mas outra é a doutrina dos santos, pois vejamos:
"Para que se compreenda melhor que a imitação perfeita de Nosso Senhor não consiste apenas na doçura e na suavidade, mas ainda na energia, citaremos alguns episódios ou algumas frases de certos Santos. O Santo é aquele que a Igreja declarou, com autoridade infalível, ser um imitador perfeito de Nosso Senhor. Como imitaram os Santos a Nosso Senhor? Vejamos.
Santo Inácio de Antioquia, mártir do século segundo, escreveu várias cartas a diversas Igrejas, antes de ser martirizado. Nestas cartas, ocorrem sobre os hereges expressões como estas: “bestas ferozes (Eph. 7); lobos rapaces (Phil. 2,2); cães danados que atacam traiçoeiramente (Eph. 7); bestas com rosto de homens (Smyrn. 4,1); ervas do diabo (Eph. 10,1); plantas parasitas que o Pai não plantou (Tral. 11); plantas destinadas ao fogo eterno (Eph. 16,2)”.
Este modo de tratar os hereges, como se vê, seguia de perto os exemplos de São João Batista que aos escribas e fariseus chamava de “raça de víboras”, e de Nosso Senhor Jesus Cristo que aos mesmos apelidava de “hipócritas” e “sepulcros caiados”.
Assim também procederam os Apóstolos. Refere Santo Irineu, mártir do século segundo e discípulo de São Policarpo, o qual por sua vez fora discípulo de São João Evangelista, que certa vez indo o apóstolo aos banhos, retirou-se sem se lavar pois aí vira Corinto, herege que negava a divindade de Jesus Cristo, com receio, dizia, que o prédio viesse abaixo, pois nele se encontrava Corinto, inimigo da verdade. O mesmo São Policarpo, encontrando-se um dia com Marcião, herege docetista, e perguntando-lhe este se o conhecia, respondeu o santo: “Sem dúvida, és o primogênito de Satanás”.
Aliás, nisto se seguiam o conselho de São Paulo: “Ao herege, depois de uma e duas advertências, evita, pois que já é perverso e condena-se por si mesmo”(Tit. 3,10).
O mesmo São Policarpo se casualmente se encontrasse com herege, tapava os ouvidos e exclamava: “Deus de bondade, porque me conservaste na terra a fim de que eu suportasse tais coisas?” E fugia imediatamente para evitar semelhante companhia.
No século IV narra Santo Atanásio que Santo Antônio eremita chamava aos discursos dos hereges venenos piores do que o das serpentes.
E, em geral, este é o modo como os Santos Padres tratavam os hereges, como se pode ver de um artigo publicado na “Civiltà Cattolica”, periódico fundado por S. S. Pio IX, e confiado aos padres jesuítas de Roma. Nesse artigo citam-se vários exemplos que transcreverei:
“Santo Tomás de Aquino, que apresentado às vezes como invariavelmente pacífico para com seus inimigos, numa das suas primeiras polêmicas com Guilherme de Santo Amor, que ainda não estava condenado pela Igreja, assim o trata e aos seus sequazes: “inimigos de Deus, ministros do diabo, membros do Anticristo, inimigos da salvação do gênero humano, difamadores, semeadores de blasfêmias, réprobos, perversos, ignorantes, iguais ao Faraó, piores que Joviniano e Vigilâncio (hereges que negavam a Virgindade de Nossa Senhora)”. São Boaventura a um seu contemporâneo Geraldo chamava: “protervo, caluniador, louco, envenenador, ignorante, embusteiro, malvado, insensato, pérfido”.
O melífluo São Bernardo, a respeito de Arnaldo de Brescia que levantou cisma contra o clero e os bens eclesiásticos disse: “desordenado, vagabundo, impostor, vaso de ignomínia, escorpião vomitado de Brescia, visto com horror em Roma, com abominação na Alemanha, desdenhado pelo Romano Pontífice, louvado pelo diabo, obrador de iniqüidades, devorador do povo, boca cheia de maldição, semeador de discórdias, fabricador de cismas, lobo feroz”.
Mais antigamente, São Gregório Magno, repreendendo a João, Bispo de Constantinopla, lança-lhe em rosto seu profano e nefando orgulho, sua soberba de Lúcifer, suas palavras néscias, sua vaidade, a escassez de sua inteligência.
Nem de outra maneira falaram os Santos Fulgêncio, Próspero, Jerônimo, Sirício Papa, João Crisóstomo, Ambrósio, Gregório Nazianzeno, Basílio, Hilário, Atanásio, Alexandre, Bispo de Alexandria, os santos mártires Cornélio e Cipriano, Antenagoras, Irineu, Policarpo, Inácio Mártir, Clemente, todos os Padres enfim da Igreja que se distinguiram por sua heróica virtude.
Se se quiser saber quais as normas que dão os Doutores e Teólogos da Igreja para as polêmicas com os hereges leia-se o que traz São Francisco de Sales, o suave São Francisco de Sales, na Filotea, cap. XX da parte II: “Os inimigos declarados de Deus e da Igreja devem ser difamados tanto quanto se possa (desde que não se falte à verdade), sendo obra de caridade gritar: Eis o lobo!, quando está entre o rebanho, ou em qualquer lugar onde seja encontrado.”( In: http://www.pliniocorreadeoliveira.info/LEG%20410928_N%C3%83OTRATEMOSOSLOBOSCOMOOVELHASPERDIDAS.htm#.Vw0XZNHmrIU)
Olavo ainda diz que: ""Nada mais típico do recém-convertido do que a vaidade de "combater heréticos". Dez anos de caridade e humildade antes disso, em total silêncio, não lhe fariam nada mal". (Olavo de Carvalho, Via Facebook, 6.4.2014).

Ora, Cirilo de Jerusalém, bispo dos tempos patrísticos, em sua obra Catequese, um manual para catecúmenos, ou seja, para recém convertidos, dá essa diretiva: "" Te reúnas com as ovelhas; foge dos lobos; não te afastes da Igreja. Aborrece, inclusive aos que em algum momento hão sido suspeitos destas coisas - da  heresia; e se, com o tempo não te convences de sua conversão, não confie neles de forma temerária. Entrega-te a verdade da monarquia divina; descobre o sentido destes ensinos: seja um provado banqueiro, retendo o que é bom e apartado de toda classe do mal. E se alguma vez foste desses, reconheçe e aborrece o erro; pois o caminho da salvação está em que os vomite e os aborreça de coração; em que te apartes deles não só com os lábios mas com a alma; em que adores o Pai de Cristo, o Deus da Lei e dos Profetas e que conheças o bom e o justo, ele que é único e mesmo Deus. Que ele os conserve a todos vós, mantendo a vós firmes e sem tropeços, fortes na fé, em Cristo Jesus, Nosso Senhor, a quem seja dada a glória pelos séculos e séculos. Amém." In: Cirilo de Jerusalém. Catequesis (Catequesis 6. La unidad de Dios). Editorial Ciudad Nueva. Madrid, 2006, p.160.

Vejam que Cirilo manda, não apenas, se afastar dos meros suspeitos de heresia, mas diz que é preciso aborrecê-los - em suma, denunciá-los e difamá-los para que a peste da heresia não se espalhe entre os fiéis.

O senhor Carvalho, entretanto, discorda e diz que: ""Você não tem obrigação NENHUMA de destruir os heréticos. Mas, caso desconfie que são heréticos, tem a OBRIGAÇÃO ESTRITA de procurá-los pessoalmente e adverti-los com paciência e bondade. Se em vez disso você sai logo de cara gritando contra eles, você JÁ ESTÁ NO INFERNO." (Olavo de Carvalho, Via Facebook, 6.4.2014).

Ora Cirilo deixa claro que é dever aborrecer até os meros suspeitos de Heresia o que consiste em gritar publicamente para alertar as ovelhas do perigo de um possível lobo. Ademais o senhor Olavo já foi advertido de heresia por meio das polêmicas bem fundamentadas do então vivo professor Fedeli. Se ele não ouviu a admoestação - toda ela fundada na doutrina dos padres, santo e papas - então é ele que está no CAMINHO DO INFERNO.


2- Olavo e livros suspeitos de heresia:

Vejamos a afirmação de Olavo quanto ao tema;



Carvalho deixa evidenciado que sua ocupação não é saber se a doutrina desses filósofos, escritores, pensadores, que ele consulta, é ou não compatível com a fé - o que mostra que ele, ainda que fosse um filósofo, não poderia jamais ser um filósofo católico já que o mesmo está compromissado a tudo julgar a luz da fé.

Olavo aí professa a doutrina do livre acesso a livros, publicações, autores, etc. Ele advogada nada mais que a liberdade de imprensa e a liberdade de exame, contra o que o magistério sempre disse!!!

Escutemos a voz de PIO IX sobre o livre acesso a livros de autores suspeitos:

" 11. Devemos tratar também neste lugar da liberdade de imprensa, nunca condenada suficientemente, se por ela se entende o direito de trazer-se à baila toda espécie de escritos, liberdade que é por muitos desejada e promovida. Horroriza-Nos, Veneráveis Irmãos, o considerar que doutrinas monstruosas, digo melhor, que um sem-número de erros nos assediam, disseminando-se por todas as partes, em inumeráveis livros, folhetos e artigos que, se insignificantes pela sua extensão, não o são certamente pela malícia que encerram, e de todos eles provém a maldição que com profundo pesar vemos espalhar-se por toda a terra. Há, entretanto, oh que dor! quem leve a ousadia a tal requinte, a ponto de afirmar intrepidamente que essa aluvião de erros que se está espalhando por toda parte é compensada por um ou outro livro que, entre tantos erros, se publica para defender a causa da religião. É por toda forma ilícito e condenado por todo direito fazer um mal certo e maior, com pleno conhecimento, só porque há esperança de um pequeno bem que daí resulte. Porventura dirá alguém que se podem e devem espalhar livremente venenos ativos, vendê-los publicamente e dá-los a tomar, porque pode acontecer que, quem os use, não seja arrebatado pela morte?

12. Foi sempre inteiramente distinta a disciplina da Igreja em perseguir a publicação de livros maus, desde o tempo dos Apóstolos, dos quais sabemos terem queimado publicamente muitos deles. Basta ler as leis que a respeito deu o V. Concílio de Latrão e a constituição que ao depois foi dada a público por Leão X, de feliz recordação, para que o que foi inventado para o progresso da fé e a propagação das belas artes não sirva de entrave e obstáculo aos Fiéis em Cristo (Act. Concílio Lateran. V, ses. 10; e Constituição Alexand. VI 'Inter multiplices').O mesmo procuraram os Padres de Trento que, para
trazer remédio a tanto mal, publicaram um salubérrimo decreto para compor um índice de todos aqueles livros que, por sua má doutrina, deviam ser proibidos (Conc. Trid. sess. 18 e 25). Há que se lutar valentemente, disse Nosso predecessor Clemente XIII, de piedosa memória; há que se lutar com todas as nossas forças, segundo o exige a gravidade do assunto, para exterminar a mortífera praga de tais livros, pois o erro sempre procurará onde se fomentar, enquanto não perecerem no fogo esses instrumentos de maldade (Encíclica 'Christianae', 25 nov. 1776, sobre livros proibidos). Da constante
solicitude que esta Sé Apostólica sempre revelou em condenar os livros suspeitos e daninhos, arrancando-os às suas mãos, deduzam, portanto, quão falsa, temerária e injuriosa à Santa Sé e fecunda em males gravíssimos para o povo cristão é aquela doutrina que, não contente com rechaçar tal censura de livros como demasiado grave e onerosa, chega até ao cúmulo de afirmar que se opõe aos princípios da reta justiça e que não está na alçada da Igreja decretá-la." Mirari Vos, número 11 e 12, sua santidade, Papa Gregório XVI.

A práxis histórica da Igreja e até dos reis católicos sempre foi o de proibir publicações que contivessem sabor de heresia ou representassem perigo para a fé como bem mostra o regimento da Real Mesa Censória, de 1768 em Portugal que dizia ser proibido de circular  obras: 1- de autoria de ateus, que combatessem “nossa Santa Religião”; 2- de autores protestantes contrários à fé católica; e 3- que negassem a obediência ao Papa [...] escritos milenaristas e/ ou jesuíticos [...]: 4- ensinar feitiçaria, quiromancia, magia e astrologia; e 5- apoiar a superstição ou o fanatismo por detrás de um
aparente zelo religioso. [...]: 6- conter obscenidades que corrompessem os costumes e a moral do país; e 7- ser infamatórios e trazer sátiras, que atacassem diretamente as pessoas, ultrapassando os limites da decência [...]. 8- defender que o soberano tudo pode contra o bem comum do vassalo ou que, ao contrário, tudo concede ao povo, fomentando o “sistema maquiavélico”, ou, em contraposição, a “seita dos monarcômacos”. [...] 9- utilizar a Bíblia em sentido diverso do empregado pela Igreja. [...] 10- misturar, sem discernimento, os Artigos Dogmáticos da Fé com pontos que fossem de mera Disciplina [...]; e 11- os que impugnassem os Direitos, Leis, Costumes, privilégios, concordatas etc. da Coroa e dos Vassalos. [...] 14- ser de autoria dos “Pervertidos Filósofos destes últimos tempos” [...]. In: VILLALTA, Luís Carlos. Reformismo ilustrado, censura e práticas de leitura: usos do livro na América Portuguesa. Tese (Doutorado em História) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), Universidade de São Paulo. São Paulo, 1999. 640

Quem tem razão? Olavo ou PIO IX? Olavo ou a história bimilenar da Igreja?

Ainda que livros de autores heréticos possam ter algumas verdades naturais, elas também tem o perigo de portar o veneno, tão mais danoso à medida que vem misturado com "água boa".

Carvalho ainda repete a velha heresia de que a doutrina da Igreja é omissa em certas matérias - sobretudo nas questões da aplicação concreta da verdade de fé, repetindo em 2016 o mesmo erro que já houvera ensinado em 2014: ""Ser cristão é buscar ser justo e bom COMO JESUS EM CADA ATO, ESPECIALMENTE AQUELES ATOS PARA OS QUAIS A DOUTRINA NÃO DÁ UMA RECEITA PRONTA."(Olavo de Carvalho, Via Facebook, 6.4.2014).

Segundo Olavo o ensino de Cristo não dá receitas claras de como agir em cada caso. Ora isso é ir contra as disciplinas impostas pelo santo magistério - tantas vezes perante a história - é ir contra o parecer dos teólogos moralistas que se fundam na doutrina para extrair ilações casuísticas. Em suma isso é lançar fora os manuais de moral que receberam imprimatur da Igreja, manuais que visam resolver casos concreto, é lançar fora o ensino dos santos, também repletos de conselhos para situações particulares. Isso é negar a Igreja o poder de legislar em casos específicos.  É  doutrina do relativismo moral que considera que as opções morais, em cada caso, são sempre abertas a várias interpretações e possibilidades e que cada um deve decidir conforme sua consciência pessoal e não segundo o que manda a autoridade da Igreja.

Olavo é um modernista. O Modernismo, nega a capacidade do homem de conhecer a verdade revelada por Deus. O Modernismo, como toda a Filosofia moderna, nega o tomismo. O homem seria incapaz de conhecer a realidade e a verdade. Ora, é isso exatamente que Olavo diz; Deus seria objeto não de conhecimento mas apenas de experiência( aqui: https://www.youtube.com/watch?v=HB3UTy1YT7M). Ora se Olavo nega a possibilidade de conhecer a doutrina sobre Deus, a ilação lógica é que também não podemos conhecer com certeza objetiva a disciplina moral consequência da verdade divina. Não espanta que ele diga, então, que a doutrina é omissa para os casos particulares!!!

Restariam ainda dúvidas quanto ao cheiro de heresia que exala das doutrinas do astrólogo de Campinas?


O prefeito islâmico de Londres: judeus ontem, muçulmanos agora; o ocidente invadido!

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Séculos atrás os judeus – estrangeiros em terra ocidental – foram, pouco a pouco, penetrando em nossa cidade por meio do influxo das novas idéias liberais que foram ganhando força e determinando a aceitação de que judeus deveriam ter os mesmos direitos do povo cristão.

Na enciclopédia de Diderot – obra fundamental do iluminismo – vemos no verbete “judeus” a seguinte afirmativa;

os judeus hoje são tolerados na França, Alemanha, Polônia, Holanda, Inglaterra...mediante tributos que pagam aos príncipes...os príncipes abriram os olhos para seus próprios interesses e trataram os judeus com mais moderação. Sentiu-se em alguns lugares do norte e do sul que não se podia dispensar o auxílio deles...a Holanda, a Inglaterra, animadas pelos mais nobres princípios, deram-lhes toda a suavidade possível, sob proteção invariável de seu governo...” ( Proust, J. Diderot et l' Encyclopédie, Paris, 1962, p. 536).

É fato conhecido que desde a era de Constantino – que dá início a Cristandade, ou seja, a uma Civilização Cristã – os judeus tiveram seus direitos reduzidos;

A vitória do trinitarismo durante o Concílio de Nicéia - que teve a participação de Constantino -fará que judeus sejam incluídos lado a lado com os hereges. O pacto entre o Imperador e a Igreja trará para a comunidade judaica uma mudança de status civil. Ocorrem  proibições de conversão ao Judaísmo tanto de cristãos quanto de pagãos; tributos especiais são exigidos dos judeus. Numa lei datada de 18 de outubro de 315 - bem antes de Nicéia -  Constantino determina que se impeça e se punam os judeus, sua liderança, etnarcas e patriarcas (maiouribus eorum et patriarchis), se depois de a lei ser promulgada ousarem apedrejar ou empregar qualquer forma de “loucura” (saxis aut aulio furoris genere) contra qualquer pessoa que escape de sua seita e se dirija a servir a Deus (qui eorum feralem fugerit sectam et ad dei cultum respexerit). Quem o fizer será queimado, junto com seus ajudantes (mox flammis dedendus est et cum omnibus suis  participibus concremandus). E acrescenta que, se alguma pessoa do povo se converter a esta seita corrompida (nefariam sectam), sofrerá junto com eles as penas correspondentes. A separação dos judeus e das mulheres não judias, forçando a endogamia e impedindo os casamentos mistos e a provável conversão de mulheres não judias ao Judaísmo, foi decretada por Constâncio, filho de Constantino, em lei de 13 de agosto de 339...Constâncio legislará, também, sobre a posse de escravos por judeus. Caso os judeus tivessem escravos, poderiam influenciá-los e convertê-los ao seu credo. O ponto central desta lei e de muitas outras similares seria impedir o proselitismo judaico. Há uma lei no Pentateuco pela qual um judeu não  podia manter outro judeu na escravidão por mais de seis anos,no denominado ano sabático. Portanto para um escravo de um judeu se converter à crença do senhor era bastante atraente. Tratava-se de um perigo para a expansão do Cristianismo.”( http://catolicidadetradit.blogspot.com.br/2014/06/cristaos-x-judeus-amizade-e-dialogo.html)

É sabido também que na Espanha Visigótica os judeus tiveram seus direitos cerceados em razão de terem apoiado sedições arianas – os reis visigodos depois de se converterem ao catolicismo romano implementaram políticas de repressão aos hereges arianos – que não professavam a fé na trindade – e isso incluiu os judeus por terem colaborado com os mesmos, como mostram diversos autores.

A situação dos judeus só começa a mudar quando as idéias das luzes se espargem pela Europa, clamando por igualdade de direitos e por direitos civis universais. Antes mesmo disso – como mostra a Enciclopédia de Diderot – os reis europeus, necessitados de financiamento para suas guerras, passaram a ver o judeu como uma ferramenta econômica para expandir crédito e arrecadar tributos já que eram grandes comerciantes e financistas. O novo contexto burguês-capitalista da Europa Moderna foi fulcral para a lenta penetração do judeu na vida da Cristandade Ocidental – se na Idade Média a terra era a riqueza fundamental, na modernidade o poder do dinheiro ganha espaço e com isso o judeu alcança uma maior integração na nova sociedade moderna; como bem mostra Sombart em sua obra sobre o papel dos judeus no capitalismo, o contributo deles para a criação de mecanismos financeiros que facilitavam as trocas monetárias foram importantíssimas, senão decisivas para a gênese do capitalismo. Se do ponto de vista econômico o judeu já fazia parte da mecânica social moderna, faltava-lhe uma integração política-social. Quem lhe garantiu isso foram a revolução americana e a francesa.

Os judeus americanos apoiaram a independência dos EUA em 1776; em 1789 na festa pública oferecida em Filadélfia para celebrar a nova constituição, havia uma mesa especial onde a comida obedecia às leis judaicas em matéria de dieta; os judeus tinham muito a celebrar com a fundação dos EUA pois a constituição dava-lhes liberdade geral de consciência e acesso a cargos políticos já que todas as provas religiosas prévias a nomeações eram retiradas; na revolução francesa a Assembléia aprovou um decreto de total emancipação dos judeus em 27 de setembro de 1791. Guetos foram eliminados em Avignon, Nice e na região do Reno. Napoleão em 1796-1798 eliminou guetos na Itália. Um novo tipo de judeu – que sempre existira nas sombras – veio a luz do dia: o judeu revolucionário.

O que vemos acontecer agora em Londres é o mesmo que, outrora, se deu com os judeus. Um muçulmano vira prefeito de Londres, consubstanciando aí, o fim de uma época e o começo de outra. Ontem, o novo prefeito islâmico de Londres disse, perante a fala de Donald Trump que, embora defenda que se barre a entrada de maometanos nos EUA, abriria uma exceção ao novo prefeito, que dispensa a exceção e que é preciso que se entenda que os valores liberais do ocidente – diríamos do falso ocidente pois o autêntico é o cristão, nascido com o Édito de Milão – não proíbem o Islão.

"Donald Trump e os que o cercam pensam que os valores liberais ocidentais são incompatíveis com o islã majoritário – Londres provou que ele está errado"( In: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/05/prefeito-de-londres-seria-excecao-banimento-de-muculmanos-diz-trump.html).

O que está em curso agora é como dissemos, o fim duma época: aquela em que muçulmanos, embora presentes na Europa Ocidental, ainda não ocupavam posições de poder e prestígio, onde apesar de detentores de direitos legais – como no caso de imigrantes naturalizados cidadãos da Europa – ainda não tinham ascendido ao Estado. E, por efeito, o começo de outra, onde o muçulmano, sem deixar se tornar europeu, ascende ao poder político. A história e repete: os judeus que aos poucos viraram ferramentas econômicas para as monarquias modernas, depois ganharam direitos  através das revoluções liberais. Agora os maometanos - muitos vindos de países afroasiáticos pobres, e que viram mão de obra barata numa Europa sem filhos, em franca baixa populacional - tornam-se aos poucos economicamente fundamentais para a economia do velho mundo e depois transformam-se em sujeitos de direitos plenos. É difícil imaginar que tudo isso se trata, apenas, de uma coincidência, embora não seja possível desconsiderar os fatores histórico espontâneos que determinam a penetração do Islão na Europa - como a herança das colonizações e da descolonização. 

Perante este contexto não é a toa que Khan defenda a União Européia, organismo fundado na retórica abjeta dos direitos universais. Sem a UE não haveria base legal para a penetração muçulmana, agora, não só nos bairros franceses, ingleses, alemães, mas até no poder instituído.

A penetração muçulmana segue os mesmos passos daquela efetivada pelos judeus; a consequência desse penetração judaica não poderia ter sido pior para o mundo ocidental cristão como mostramos aqui: http://catolicidadetradit.blogspot.com.br/2013/04/por-que-os-judeus-estao-apoiando-o_17.html.

O poder judaico, instalado, no cerne mesmo do atual ocidente, conspira pelo fracasso de nossa instituição familiar e consequente fracasso civilizacional.

Não nos iludamos: a penetração muçulmana não será menos pior; o efeito imediato dela será a aceleração da descristianização da Europa e do resto do Ocidente. Mais mesquitas serão construídas na Europa, mais facilidades pra naturalização serão oferecidas a muçulmanos; por efeito mais e mais elementos radicais terão acesso a Europa; certamente, não tardará o dia em que tais grupos poderão instalar, plenamente, a sharia em seus bairros, em nome do repeito a diversidade cultural.

A única saída para o combalido ocidente, nesta hora, é o nacionalismo cristão, do qual a Polônia é um exemplo a ser seguido. Um nacionalismo cristão que estimule e faça do aumento da natalidade uma política de estado, de salvação pública; sobretudo um nacionalismo que ignore as diretivas do atual Papa – que em conluio com a UE e ONU vem trabalhando pela entrada sistemática de maometanos na Europa – sobre abertura das fronteiras. Aliás é preciso que se diga que oPapa Francisco hoje é a peça fundamental para a islamização final do ocidente através de sua retórica de abertura das fronteiras. O próximo passo disso poderá ser a islamização da América Latina( http://islambr.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1028%3A1o-conferencia-das-autoridades-islamicas-da-america-latina&catid=36%3Amanchetes&Itemid=97)Pouco importa e Sadik é um muçulmano liberal de esquerda que defende o “casamento gay”. Pouco importa sua ideologia. O que interessa mesmo é que a exemplaridade de sua eleição abre portas para que qualquer islâmico possa ocupar postos de influência decisiva no continente europeu.

Também é bom recordar que o prefeito de Londres, anos atrás apareceu em uma manifestação junto com Sulaiman Ghani, líder muçulmano acusado de ser fundamentalista.O que talvez signifique que seu apoio ao casamento gay seja apenas uma estratégia para parecer liberal e ganhar simpatia.

Em suma, nunca como agora o ocidente esteve tão em risco. Ou nos conscientizamos disso e nos unimos em torno de um patriotismo cristão, defendendo nossas fronteiras e famílias da ameaça maometana, com base numa luta contra a noção de direitos universais do homem – a retórica da ONU que embasa a invasão de nossa civilização por elementos estranhos e cancerosos – ou nossa civilização acabará em poucas décadas.


In hoc signo vinces. Pela cruz venceremos. Unamo-nos em torno dela nesta hora de  terríveis perigos!!! 





Por que o feminismo conspira contra o Ocidente e contra o Brasil?

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Onde há feminismo há a pauta do aborto e onde há a pauta do aborto há interesses políticos. O que prova que o feminismo não existe em si mesmo como movimento autônomo. Ele é um braço político a serviço de poderes bem discerníveis. Só a feminista militante é que não sabe nem entende isso.
1- Introdução

O caso da menor do RJ que teria sido estuprada por mais de 30 foi o mote para que coletivos feministas causassem uma histeria coletiva sobre uma suposta cultura do estupro existente no Brasil e para militar pela causa dos “direitos da mulher”. Cooptado para dentro da militância feminista, o caso serviu à repetição extrema de clichês sociológicos rasos para, no fundo, implementar uma nova lógica civilizatória: sim pois é disso que se trata quando falamos de feminismo; o que o movimento postula não são os direitos da mulher – retórica usada para desviar a atenção dos objetivos mais profundos do mesmo – mas uma reconstrução da sociedade como um todo. É disso que iremos tratar aqui.

2- Origens do feminismo

O feminismo tem três origens ideológicas; uma no marxismo, outra no capitalismo de mercado e sua ideologia do trabalho e outra na retórica democrática-liberal;

O marxismo no século 19 assimilou a condição da mulher à condição do operário; como o segundo era explorado pelo patrão a primeira o era mas só que pelo marido; Marx e Engels, em escritos que datam de 1848, diziam que a opressão sobre as mulheres não surgiu da cabeça dos homens, mas do desenvolvimento da propriedade privada e, com ele, da emergência de uma sociedade de classes. Para eles, a emancipação das mulheres é inseparável da luta pelo fim da sociedade de classes, isto é, da luta pelo socialismo. Assim seria preciso não apenas destruir o capitalismo mas seu subproduto: o poder econômico do pai de família sobre filhos e mulher.
O esquema mental simplório do marxismo( burguês x operário) foi a base ideológica do movimento feminista que, como um todo, está baseado em simplificações boçais.


O capitalismo de mercado assimilou a retórica feminista por emancipação de forma mais forte quando, já nos fins do século 19, mulheres precisaram ir ao mercado de trabalho para compor renda; organizações trabalhistas femininas surgiram em razão disso; na primeira guerra mundial houve um novo incremento de trabalho feminino quando, em razão disso, muitos homens tiveram que ir ao front de batalha, exigindo que mulheres assumissem postos nas fábricas dentro do esforço bélico necessário.
 

Já a onda democrática-liberal investiu na idéia de voto feminino; esse movimento foi forte sobretudo nos EUA onde grupos de mulheres lutaram em prol da lei seca, associando a luta política da mulher à sua emancipação da tutela do marido e ao direito a votar.

Dentro da visão marxiana a mulher caseira é um instrumento útil ao grande capital; para Marx é importante para o capitalismo que as mulheres fiquem em casa, cuidando dos filhos dos operários para que eles possam ir a fábrica trabalhar sem preocupações; segundo Marx, na medida em que a mulher é integrada ao mercado de trabalho pelo desenvolvimento do capitalismo as bases materiais para a existência da família já não fazem mais sentido. A mulher emancipada poderia organizar-se em coletivos independentes da organização familiar. A Revolução Bolchevique de 1917 produziu um igualitarismo entre homem e mulher como nunca antes se vira. O divórcio, o aborto e a contracepção estavam livremente disponíveis. A educação das crianças tornaram-se responsabilidade da sociedade. Iniciou-se a utilização de restaurantes, lavanderias e creches comunitárias, que livrava a mulher da condição de esposa e mãe.

Na visão dum feminismo democrático-liberal/ capitalista de mercado a questão é balizada dentro de outro quadro: ao invés da questão ser abordada na esfera da luta de classes e da produção econômica a condição da mulher – de opressão – é associada ao patriarcado, a psicologia masculina, ao machismo, etc. Esse feminismo pressupõe que a opressão está acima da divisão da sociedade em classes. Os movimentos feministas ocidentais das décadas de 60 para cá foram dominados por mulheres da “nova classe média”, jornalistas, escritoras, professoras e executivas, o que mostra seu caráter liberal: as demandas envolvem quase sempre mais possibilidades de ascensão social ou de prazer sexual.

Assim sendo é importante que frisemos o seguinte: o feminismo, seja lá qual for, é sempre um braço político seja do socialismo marxista, seja do liberalismo. O que está por trás das pautas feministas é a defesa de modelos civilizacionais e um projeto de poder, que se insinuam por trás do clichês dos “direitos da mulher”. O que ambos os feminismos tem em comum é pauta de destruição do poder marital e ou paterno. No feminismo marxista o homem é símbolo do poder da classe monetária sobre a mulher; no feminismo liberal o homem encarna o modelo eterno do “patriarca” castrador dos impulsos sexuais da mulher; nos dois casos o homem deve ser reconstruído a fim de que nasça uma nova civilização mais adequada aos anseios de liberdade-radical do capitalismo liberal ou de igualdade total do socialismo.

2- O feminismo hoje.

O feminismo como braço político tem agora múltiplas dimensões que integram aquelas duas básicas que forjaram sua origens; o tom socialista e ou liberal de suas reivindicações hoje são menos discerníveis quanto a diferenciação de pautas; praticamente todos os grupos feministas incorporaram um pouco de cada ideologia misturando isso tudo ao multiculturalismo e a ideologia de gênero.

Todavia é possível discernir alguns pontos fulcrais nas teses feministas indicando, ao mesmo tempo, qual seu alcance político e o que visam.

Um dos traços diz respeito ao caráter colonizador do feminismo; a maioria dos lugares comuns do movimento saem do establishment cultural-universitário dos EUA-Europa; lugares comuns que nascem dentro dos departamentos de sociologia e antropologia multicultural; é o caso do conceito de “rape culture”( ou cultura do racismo) que compreenderia um complexo de crenças e símbolos construídos socialmente que legitimariam o direito do homem de violentar a mulher. É comum que teóricas do feminismo vejam o “macho latino” como exemplo acabado desse tipo de homem; não é a toa que a revista do coletivo feminista “Nosotras” surgida na França nos idos da década de 70 falava da luta específica que o feminismo devia travar na América Latina – bem diferente daquela travada na Europa e EUA onde uma tradição de liberdade já existia consolidada por várias revoluções. A experiência do coletivo “Nosotras” - formada por mulheres que haviam fugido das ditaduras militares sulamericanas – foi amplamente baseada no modelo de “consciousnessraising groups” existente nos EUA que eram pequenos grupos que partiam das experiências pessoais e cotidianas das mulheres com o objetivo de forjar uma identidade comum. Tais grupos evidentemente formatavam a visão dessas mulheres dentro dum contexto mais amplo onde a luta feminista era vista sob duplo caráter: um de cunho mundial, outro de cunho local, onde certas metas gerais deviam ser adaptadas ao contexto de cada país.

Segundo a revista “Nosotras”,

a realidade de cada país, marca profundamente as táticas de uma luta política. E o feminismo é político. Algumas tradições profundas de nossos povos, como a religião católica e o "machismo", dão um caráter específico às reivindicações que só poderão ser formuladas, teórica e concretamente pelas feministas de cada país latino-americano.”In: Danda e Mariza. "Feminismo". Nosotras, Paris, n. 5, maio 1974.

Em suma: a teorização feminista implica que, no caso da América Latina o influxo da religião católica – de caráter hierarquizante – e nossa tradição patriarcalista – basta lembrar da colonização hispânica e portuguesa, marcada pela figura do senhor de terras, o patriarca que tinha amplo poder sobre dependentes e familiares, gênese do caudilho e do coronel – são determinantes para a opressão da mulher. Caberia nesse contexto lutar contra essas duas instituições – Igreja e Patriarcado – e contra as tradições sociais e culturais que elas legitimam.

Logo o feminismo, no que tange a Brasil, não passa do seguinte: colonização cultural. O feminismo aparece aí como braço politico dum projeto novordista; o Brasil é a “terra do estupro” por que é pouco americano e pouco europeu, ainda católico demais e patriarcal em excesso.

Não é sem razão que o caso da menor supostamente abusada esteja sendo repercutido por tantos órgãos de mídia- inclusive internacionais.
Feminismo não é questão de igualdade. Nunca foi.


3- Dados do Ipea: a colonização cultural do Brasil pelo feminismo anglo-europeu.

Recentemente o Ipea – que é órgão de pesquisa econômica associado a presidência da república e que produz, normalmente dados obre inflação e desemprego – insistiu em tratar de tema criminal e fez um estudo sobre o estupro que se divide em duas pesquisas: uma baseada em “dados”, outra em opinião. A pesquisa de dados é uma “nota técnica” de 30 páginas e se intitula “Estupro no Brasil: Uma Radiografia Segundo os Dados da Saúde”, assinada pelos pesquisadores Daniel Cerqueira, doutor em Economia pela PUC-RJ, e Danilo de Santa Cruz Coelho, doutor em Economia pela Universidade Autônoma de Barcelona(Doutores em economia produzindo trabalho sobre um assunto criminal? Não seria mais adequado que juristas, criminologistas, psicólogos, fossem responsáveis por tal trabalho? ) Já a pesquisa de opinião – que teve como tema a “Tolerância Social à Violência contra as Mulheres” – foi lastreada no Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) do Ipea, criado para “captar a percepção das famílias acerca das políticas públicas implementadas pelo Estado, independentemente destas serem usuárias ou não dos seus programas e ações”. Foi essa segunda pesquisa, com um total de 40 páginas, que transformou o Brasil numa "nação de estupradores".

Para quem lê a pesquisa do Ipea fica evidenciado que a causa central de tantos “estupros” no Brasil é atribuída, em primeiro lugar, aos pais de família e depois a nossa cultura; seríamos um país ainda pré-civilizado e nossos pais de família, formados numa cultura pré-civilizada, seriam monstros sexuais em potencial, capazes de devorar até mesmo suas próprias filhas.

Com base num questionário sobre vitimização que levou a campo em 2013, o Ipea estimou que, a cada ano no Brasil, “0,26% da população sofre violência sexual, o que indica que haja anualmente 527 mil tentativas ou casos de estupros consumados no país, dos quais 10% são reportados à polícia”. Essa informação, segundo os pesquisadores, é consistente com os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que, em seu Anuário de 2013, apontou 50.617 casos de estupro notificados no País em 2012. Todavia, o Ipea se esquece de considerar que esse índice de estupros, tanto os casos estimados quantos os denunciados à polícia, decorre de uma mudança substancial na definição de estupro, que, a partir da Lei 12.015, de 7 de agosto de 2009, passou a englobar o que antes era considerado “atentado violento ao pudor”, tipo penal que deixou de existir.

Essa nova lei – já implantada em vários outros países graças ao Lobby feminista internacional – revolucionou o conceito de estupro, pois vejamos:

Estupro( na antiga lei do CP)

Art. 213 Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça:

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.

Nova redação:

Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.

Em suma: a nova redação deixa em aberto o conceito de ato libidinoso – um beijo roubado poderia ser tido pela vítima como tal – o que permite a elevação artificiosa dos casos de violência sexual do homem contra a mulher (Dados comprovam que a maioria dos casos de estupros e violência sexual não passam de...farsa!!! In: http://extra.globo.com/noticias/rio/nas-varas-de-familia-da-capital-falsas-denuncias-de-abuso-sexual-podem-chegar-80-dos-registros-5035713.html/http://www.jcnet.com.br/Geral/2013/02/falsos-estupros-atrapalham-policia.html)

Qual o fim de tudo isso? Primeiro precisamos pensar por que a pesquisa do Ipea repete o clichê presente nos artigos feministas, publicados nos EUA e Europa sobre "machismo latino americano", de que somos “pré-civilizados”, etc. Não restam dúvidas de que o discurso por trás disso é que a cultura brasileira precisa superar certos “escolhos” e se encaminhar para um libertarismo moral e um igualitarismo já consolidado no países do Norte. Como já dissemos: se trata de uma colonização cultural.

Por outro lado é notório que tais países estão, hoje,  integrados ao projeto novordista ( Nova Ordem Mundial) o que implica na necessária destruição da velha cultura pátria para a consecução do projeto de estado global fundado numa cultura global – fundada num mix de liberdade de mercado junto a esquerdismo cultural – e numa sociedade global – livre de padrões hierarquizantes tradicionais – uma sociedade parecida com a idéia de aldeia global, horizontalista(O conceito de aldeia global foi desenvolvido por Marshall McLuhan na década de 60, como forma de explicar os efeitos da comunicação de massa sobre a sociedade contemporânea, no mundo todo. De acordo com sua teoria a abolição das distâncias e do tempo, bem como a velocidade cada vez maior que ocorreria no processo de comunicação em escala global, nos levaria a um processo de retribalização, onde barreiras culturais, étnicas, geográficas, entre outras, seriam relativizadas, nos levando a uma homogeneização sócio-cultural. Neste caso, imaginava ele, ações sociais e políticas, por exemplo, poderiam ter inicio simultaneamente e em escala global e as pessoas seriam guiadas por ideais comuns de uma “sociedade mundial”). Para isso é fundamental destruir o papel do pai como figura de autoridade na família – coisa ainda presente na cultura latinoamericana. Uma sociedade onde o pai de família ainda é autoridade não pode virar aldeia global pois ao invés de ela se pautar em critérios estipulados pela comunicação de massa, ela se fundará em tradições consolidadas que remetem à religião paterna, cultura local, hábitos herdados, atavismos morais, etc. 

4- Conclusão.

O caso da menina em tela mostra o caráter criminal do que está em curso no Brasil agora. Os coletivos feministas e as redes de tv – sumamente a Globo – repetem  à exaustão a tese do “estupro consumado”. As incongruências do evento pouco importam. Importa dizer que houve estupro a todo custo.

A substituição do delegado que investigava o caso é mostra dessa articulação de poderes para destruir a malha moral tradicional que ainda resta de pé no Brasil – o pouco que anda resta, digamos.

A indignação de pais e mães de família que se perguntam sobre as responsabilidades dos genitores da menina em tela não repercutem na mídia. As únicas falas que a mídia reproduz são as da militância feminista: “ não importa com quem , ou o que ela fazia, nenhuma mulher merece ser estuprada”. Ao dizerem o óbvio – pois ninguém em sã consciência defenderá que alguma mulher merece ser estuprada – tentam capturar a boa vontade da população para mais uma farsa bem montada.

A farsa serve, mais uma vez, a criminalização geral da cultura brasileira. Somos machistas e estupradores natos! É isso que a tv nos diz!! Somos uma sociedade de tarados!!!

Para que não duvidemos da conspiração midiática em seu conluio com os coletivos feministas, acabam de mudar o delegado - depois das fortes pressões feitas por reportagens orientadas -que fazia as perguntas certas que poderiam levar a esclarecer o real problema do país – não o machismo, mas a ausência de uma moral familiar mais consistente, em enormes faixas da população brasileira, vitimadas pela cultura da pornografia, oriunda das telas da tv, das rádios, da internet, da nossa “música”, etc; vitimada por um capitalismo selvagem que impõe, a homens e mulheres, que saiam cedo de casa e que cheguem tarde para prover o sustento dos seus filhos que, sem a presença cotidiana dos pais acabam ficando a mercê das programações da Globo, pródigas em exaltar a liberdade do sexo; ausência que explica por que uma menina de apenas 16 anos está envolvida em um caso tão grotesco; não nos espantemos: não é de hoje que vídeos de meninas menores de idade vazam na internet; no Brasil isso virou moda e só virou por que estão destroçando nossas famílias.

Não por acaso Vladimir Putin, presidente russo, vem reprimindo com força o movimento feminista. A Rússia – que quer voltar a ter poder geopolítico – sabe que não existe nação forte sem famílias fortes. E que isso é impossível sem mulheres que valorizem seus papéis de mães e esposas e sem pais que exerçam autoridade capaz de forjar a moralidade dos filhos. Já o projeto novordista – que consiste, como bem disse David Rockefeller, no encontro do clube Bilderberg em 1991, em superar a era dos estados nacionais – não pode existir onde existam nações fortes. As nações devem enfraquecer e o feminismo lhe dá uma ajuda importante enfraquecendo a família natural.

Não é possível colonizar sem afeminar, sem desvirilizar. O psicólogo indiano Ashis Nandy descreveu a maneira que os britânicos insistiam em afeminar os súditos colonizados na Índia(In: Nandy, A. The Intimate Enemy – Loss and Recovery of Self under Colinialism. Oxford University Press, 1983.) E agora é disso que se trata quando falamos de feminismo no Brasil. Estamos a ser vítimas da imposição de valores “afeminantes” que pretendem criminalizar e exorcizar a masculinidade brasileira como desviada, doentia, a fim de que o homem latino vire uma espécie de hipster europeu multiculturalista e sensível, o mesmo tipo humano que hoje assiste a invasão da Europa por muçulmanos, asiáticos e africanos com impassibilidade estóica.
 
Rafael G. Queiroz

Obs: Enquanto se fala de cultura de estupro a Globo aproveita para falar de aborto( http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/exigencias-fora-da-lei-dificultam-acesso-aborto-apos-estupro-diz-pesquisa-16666374). Segundo a matéria o aborto deve ser garantido bastando a palavra da mulher. Imaginem a enxurrada de abortos que isso poderá facultar caso a norma técnica do Ministério da Saúde – que só exige a palavra da estuprada, sem necessidade de comprovação do estupro – torne-se conhecida da grande massa?

O Conselho Populacional da ONU funcionou como cabeça pensante para gestar a implantação do aborto no mundo, estabelecendo uma política global de controle populacional, em fases distintas. Na quarta fase (de 1978 até hoje), houve uma mudança de estratégia. O que antes era pesado investimento na contracepção, hoje os abortistas passaram a investir na modificação da moral sexual, pois o movimento populacional não conseguia ganhar espaço no governo norte-americano, nem dentro da ONU. Com a mudança de paradigma cultural, buscou-se atacar a moral do aborto, para viabilizar sua aceitação junto à opinião pública. Daí os investimentos na dissidência da Igreja Católica, no movimento homossexual, na educação sexual liberal, etc. A partir de então, a mídia deu evidência cada vez maior ao feminismo radical, especialmente após as Conferências Populacionais promovidas pela ONU, de Bucareste, do México, do Cairo e de Pequim. Hoje, há uma forte pressão dentro da ONU, para reconhecer o aborto como direito humano, intensificando a pressão sobre os governos da América Latina para a sua legalização. Em 2003, mais de 700 Ongs financiadas para promoverem o aborto no mundo, reuniram-se em Londres, estabelecendo a meta de tornar o aborto legal e disponível em todo o mundo, até 2015. O governo brasileiro firmou compromisso com essas metas e está condicionado por elas para fazer de tudo para legalizar o aborto, o quanto antes.

Mais uma vez vemos aí qual o lugar do feminismo no que diz respeito as políticas globalistas e como ele está atrelado à destruição da natalidade do povo brasileiro.

Papa Francisco e seu diálogo com o Islam: conexões ocultas!

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Francisco, o rabino Skorka e o islamita Abboud no muro das lamentações em Israel. 







INTRODUÇÃO

Não é de hoje que Bergoglio – o papa Francisco – se notabiliza por manter boas relações com o mundo islâmico. Recentemente na JMJ mais um capítulo desta novela macabra se realizou. O pontífice negou que o terrorismo tenha a ver com a jihad islâmica. Para o mesmo o terror é resultante da pobreza, da injustiça social, etc. O Islão não teria culpa alguma. É uma religião essencialmente pacífica, segundo o parecer de Francisco.

Ainda para Bergoglio – como ele mesmo deixou claro na entrevista dada após o fim da JMJ2016 em Cracóvia: 

Não é justo falar que o Islã é terrorista, eu não gosto de falar de violência islâmica. Senão teremos que falar também em violência católica. Na Itália, um mata a namorada outro a sogra, são católicos batizados, são violentos católicos. Em todas as religiões existem os fundamentalistas”( In: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2016/08/papa-francisco-fala-sobre-terrorismo-com-jornalistas-no-aviao-papal.html).

Para o papa a violência de um católico que, negando-se a cumprir os mandamentos de sua religião, mata o próximo, é idêntica a de um muçulmano que mata em razão de um mandamento expresso do Corão. É verdade que nem todo o muçulmano adota a tática terrorista, mas também é verdade que não é possível dissociar completamente o terrorismo islâmico de fontes alcorânicas e de uma certa interpretação do texto sagrado islamita. Todavia Bergoglio faz vistas grossas a tudo isso e deliberadamente se nega a reconhecer publicamente os problemas inerentes a fé maometana.

Um das leis básicas da História é que nada se compreende fora dum contexto mais amplo e de longa ou média duração. Assim a atuação de Francisco no curso das relações com o Islão se explicam a partir deste contexto maior.

BERGOGLIO E SUA AMIZADE COM O ISLÃO

Bergoglio costuma dizer que para ser um bom católico, antes se deve ser um bom judeu. É capaz de finalizar uma missa em um colégio católico anunciando aos presentes que vai orar com os evangélicos. Sem acanhamento, disse certa vez que gostaria que muitos cristãos tivessem o compromisso e a integridade de um amigo dele que é ateu...e hpa poucos dias pediu que os católicos se reconciliassem com os muçulmanos. Quem é Francisco? Certamente o homem de toda as religiões”( In: Himitian, Evangelina. A vida de Francisco. Objetiva, Rio de Janeiro, 2013, p. 159).

O trecho acima, de uma biografia de Bergoglio, deixa bem claro a natureza moral do Papa. Um homem de todas as religiões. A definição não poderia ser mais verdadeira.

Quanto a isso é importante destacar as relações de Francisco com o Islão, relações que provém da época em que era arcebispo de Buenos Aires. Estas começaram através de seu contato com Omar Abboud, presidente do Instituto de Diálogo Inter-Religioso de Buenos Aires, instituto criado por Bergoglio, Omar e o rabino Daniel Goldman – rabino que estudou Talmudismo no Hebrew Union College nos EUA. Goldman é ligado a comunidade judia Bet El que postula, entre outras coisas, um movimento neoconservador no interior do judaísmo que: 


Goldman, o rabino talmudista amigo de Francisco. 


"postula la devoción a la tradición y ley judía (masoret y halajá), con un acercamiento abierto y positivo al mundo moderno, al pluralismo y al sionismo y al estado de Israel. Es uno de los grandes movimientos religiosos que combina la Tradición con el cambio.”( In: http://betel.org.mx/index.php?pageId=45D1E796-A99C-8D98-65C4-EC476D85A74D). 

Em suma: o Bet El postula a conciliação entre tradição judaica e mundo moderno( O mesmo não poderíamos dizer de Francisco que busca uma relação cada vez mais profunda entre Igreja e Mundo?).

Quanto a Abboud, a amizade de Bergoglio com o líder muçulmano perpassa a idéia de considerar o Islão uma religião pacífica, uma tradição válida e aliada na luta pelos “direitos humanos”: 

"Bergoglio – observou Abboud – sempre denunciou com palavras muito claras e duras todo tipo de terrorismo”. “É um homem de grande cultura, com uma capacidade de análise de situações sociais não comuns. Sempre me tocou desde quando o conheço – explicou – o fato de que não é ligado à política, mas interessado em chamar a atenção da política para temas como a pobreza e a exclusão. As suas, são sempre homilias, nunca comícios. Entende o povo e não perde a ocasião para assinalar ao poder temporal os seus erros”.(In: http://www.catolicanet.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3104%3Aabboud-o-amigo-muculmano-conta-bergoglio&catid=86%3Alista-meio&Itemid=81).

Notem que Abboud não é o muçulmano típico mas um intelectual islâmico ocidentalizado e crente nas idéias modernas de tolerância iluminista. O papel e o discurso de Abboud é amplamente validado por agências de notícias judias que dão destaque positivo a suas ações no sentido de “derrubar muros” entre judeus, muçulmanos e cristãos, o que em outras palavras significa abrir fronteiras. O próprio Abboud afirma que:

 “Yo no estoy en condiciones de representar a los musulmanes del mundo, porque de hecho muchos de los musulmanes del mundo piensan distinto de lo que pienso yo( In: http://www.prensajudia.com/shop/detallenot.asp?notid=37911). 


Omar Abboud



Se Abboud afirma categoricamente que muitos muçulmanos não pensam como ele no que tange a diálogo com o cristianismo por que então o Papa insiste em dizer que o mundo muçulmano não admita, no fundo, uma jihad contra o Ocidente, ainda que as interpretações sobre a mesma sejam divergentes quanto a método?

Simples: tanto o Papa quanto Abboud e Goldman representam duas facetas; uma referente a estratégia de perpetrar o caos no Ocidente através da penetração islâmica para efetivar um projeto de poder global colocado nas mãos de grandes magnatas  vinculados a fóruns, clubes e organismos com esfera de influência universal; dentro dessa estratégia e preciso convencer a opinião pública do ocidente de que não há perigo em abrir fronteiras e que aliás isso se trata de dever moral, humanitário e até cristão; outra referente ao fomento da uma religião mundial maçônica, síntese de todas as crenças.

BERGOGLIO E SEU EMPENHO POR CRIAR A RELIGIÃO MUNDIAL

Em 2007, em Buenos Aires, na Catedral Metropolitana, maio de 2007 os líderes da URI – Organização das Religiões Unidas em português - na Argentina se uniramcom o Bispo Swing e Cardeal Bergoglio– hoje Papa Francisco – para comemorar o 10º aniversário da primeira reunião da URI na América Latina.Esse evento pouco conhecido explica o atual envolvimento de Francisco com o diálogo com o Islão: aURI está para as religiões como a ONU está para as nações.

O papel da URI é a luta contra o fundamentalismo e o proselitismo, aliás temas recorrentes nas falas do Papa, o que prova que seu discurso remete não a Tradição Católica mas a uma agenda da ONU. Importante ressaltar que Robert Muller, ex-designer e Subsecretário-Geral das Nações Unidas e da Nova Ordem Mundial, declarou que:

“os sistemas de crença inflexível” do fundamentalismo “desempenham um papel incendiário em conflitos globais”. “A paz será impossível”, disse ele, “sem a domesticação do fundamentalismo através das Religiões Unidas que professam fidelidade apenas à espiritualidade global e a saúde do planeta.” (Inplainsite. Cf. The United Religions Initiative. Cf. New Oxford Review. The United Religions Initiative, A Bridge Back to Gnosticism).

Bergoglio, apoiou a URI na Argentina, promovendo e participando, inclusive, como concelebrante em seus cultos pan ecumênicos. (The Remnant. Pope Francis and the United Religions Initiative.).

Como bem expõe o padre Delassus em sua obra “A conjuração Anticristã”, nas páginas 361 a 363: 
"o Humanitarismo já é considerado um substituto do Cristianismo”

Este humanitarismo, filho da revolução francesa e do iluminismo, proposta pela Aliança Israelita Universal - que em 1860 falava de direitos universais para todos os homens de todas as religiões como meio de ajudar os judeus a se integrarem aos países ocidentais com cidadãos de plenos direitos( cabe dizer também que a Aliança comprometeu-se com a promoção do Sionismo nos anos seguintes e que) – é o conteúdo mesmo das ações da URI e de Bergoglio.

Delassus se refere a isso asseverando que:

 “ a tarefa que a Aliança Israelita Universal se propõs realizar para preparar a edificação do Templo, é pois, introduzir no catolicismo, e no que resta de firme nas outras religiões, elementos de dissolução que as levarão a confundir-se todas numa vaga religiosidade humanitária...há muito tempo se trabalha para diminuir as barreiras dogmáticas e para unificar as confissões de maneira a favorecer os caminhos do humanitarismo.”( In: A Conjuração Anticristã- o templo maçônico que se quer erguer sobre as ruínas da Igreja Católica. Castela Editorial, página 363).  

CONCLUSÃO

Francisco tem pelo cardeal Walter Kasper uma grande admiração. Logo no começo de seu pontificado recomendou um dos livros de Kasper cujo tônica é a misericórdia, conceito que em Kasper tem relação com a abertura. Não seria essa a tônica de Francisco em todo o seu pontificado? A abertura as diferentes tradições religiosas e culturais? A abertura ao mundo e seus anseios?

Talvez não seja uma mera coincidência que Kasper e Francisco estejam associados( Recordemos que Kasper foi aquele que teve o papel de, no Sínodo último sobre a família, levantar temas polêmicos sobre comunhão para divorciados e etc) e que o discurso de Francisco – altamente humanitarista – encontre eco na pretensão de Kasper de reduzir as distinções entre cristianismo e judaísmo como mostramos aqui: http://catolicidadetradit.blogspot.com.br/2014/03/cardeal-kasper-prepara-o-terreno-para-o.html.

Talvez também não seja mera coincidência que a Maçonaria – que sempre trabalhou por ecumenismo e humanistarismo, embasada na idéia duma religião universal, uma religião do culto do Homem- que o Grande Oriente da Itália tenha saudado a eleição de Francisco como uma nova época para o mundo e a Igreja como vemos aqui: http://www.grandeoriente-democratico.com/Grande_Oriente_Democratico_saluta_il_nuovo_Papa_Francesco.html

Talvez tudo isso indique que o atual papa não seja nada mais que um agente a serviço de forças ocultas e inimigas da Igreja. O tempo dirá.






Desconstruindo as falácias liberais. Parte 1 - A Doutrina Social da Igreja e as leis trabalhistas!

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Leão XIII inaugurou o ensino social da Igreja reconhecendo sabiamente a existência duma questão social dentro do capitalismo, o que punha os trabalhadores numa condição de grave risco público. 
"Em todo o caso, estamos persuadidos, e todos concordam nisto, de que é necessário, com medidas prontas e eficazes, vir em auxílio dos homens das classes inferiores, atendendo a que eles estão, pela maior parte, numa situação de infortúnio e de miséria imerecida. O século passado destruiu, sem as substituir por coisa alguma, as corporações antigas, que eram para eles uma protecção; os princípios e o sentimento religioso desapareceram das leis e das instituições públicas, e assim, pouco a pouco, os trabalhadores, isolados e sem defesa, têm-se visto, com o decorrer do tempo, entregues à mercê de senhores desumanos e à cobiça duma concorrência desenfreada. A usura voraz veio agravar ainda mais o mal. Condenada muitas vezes pelo julgamento da Igreja, não tem deixado de ser praticada sob outra forma por homens ávidos de ganância, e de insaciável ambição. A tudo isto deve acrescentar-se o monopólio do trabalho e dos papéis de crédito, que se tornaram o quinhão dum pequeno número de ricos e de opulentos, que impõem assim um jugo quase servil à imensa multidão dos proletários."- Papa Leão XIII, RERUM NOVARUM, número 2. 

É comum entre liberais - aqui, com o termo "liberais" classificamos todos que se ligam as teses econômicas dos liberais clássicos quanto às dos anarcocapitalistas; embora saibamos das diferenças teóricas entre estas duas correntes acreditamos que o termo "liberais" bem as define pois ambas consideram que a atividade econômica deve ser livre da interferência do Estado e dos critérios da moral tradicional, ainda que discordem no que tange ao tamanho ou papel e existência do Estado -  asseverar que sem leis trabalhistas a condição do empregado melhoraria. A falácia é bem montada nos seguintes termos: 

1- Sem encargos sociais sobre o contracheque do empregado sobrariam mais recursos ao capitalista. 
2- Sobrando mais recursos haveria mais capital disponível para investimento.
3- Com mais investimento haveria mais empregos. 
4- Logo o pleno emprego seria o resultado final
5- Com menos encargos mais pessoas empreenderiam e os patrões poderiam, até, pagar salários maiores para estimular o trabalho e o incremento da qualidade do produto final.  
6- O número de empreendimentos aumentaria; com mais concorrentes o preço final do produto seria menor e todos se beneficiariam. 

O raciocínio parece perfeito e irrefutável. Mas não é. 

O primeiro erro é considerar que a economia funciona como uma máquina; desmontar essa premissa liberal é fulcral para desconstruir toda a teorização decorrente da mesma. Os economistas do século 19 e 20 construíram modelos matemáticos e mecânicos de comportamento da economia que levam em conta alguns postulados: a idéia de que é possível equilibrar oferta e demanda, a noção de homem econômico - que age sempre em função de maximizar lucros e reduzir custos - e a de que é pertinente crer num crescimento estável e contínuo da economia. 

A premissa em tela não leva em conta que a economia é feita por fatores humanos, que ela é fruto dum conjunto de decisões humanas fragmentadas, desordenadas, desconectadas e com fins múltiplos. A crença liberal de que a mão invisível do mercado racionalizará, no fim das contas, todas estas ações em prol do equilíbrio do mercado é mais uma falácia que consiste em apostar que, do caos, pode surgir uma ordem como produto espontâneo. As recorrentes crises do capitalismo no século 19 - onde não havia regulação estatal sobre o capitalismo - prova que a tese da mão invisível não funciona quando examinamos a história e que o estado natural da economia capitalista é o desequilíbrio e uma luta contínua pelo equilíbrio teorizado pelos economistas. Logo a ciência econômica atual se aproxima muito de um utopismo que consiste em apostar num paraíso capitalista de produção e consumo. 

A economia não é uma máquina previsível porque ela é feita de homens e homens são imprevisíveis. A noção de homem econômico é uma ficção pois parte da falácia de que produtores e consumidores tem todas as informações e os meios necessários para escolher o que comprar a fim de maximizar a utilidade e o prazer - um trabalhador pobre não tem opção a não ser comprar produtos de baixa qualidade pois é o que seu salário permite(numa visão estritamente liberal, progressivamente este produto seria eliminado do mercado pela concorrência; sabemos, porém, que não é assim). Outrossim, a desconsideração dos fatores relacionais no interior do processo econômico de circulação de mercadorias, de extração de matéria prima, de produção, onde homens trabalham e interagem com outros homens, é outra falha grave do pensamento liberal; onde há relações entre homens há problemas morais - conflitos de interesses, ambições, exploração, mentira comercial, espionagem industrial, injustiças, etc - e onde há problemas deste quilate é necessário intervir estipulando princípios éticos e legais que regulem as ações econômicas em prol do bem comum. O liberalismo simplesmente ignora questões éticas e nunca levanta a interrogação sobre o que é o agir justo do patrão para com o empregado e vice versa, entre comerciantes, entre industriais, dos bancos para com os outros agentes da economia, etc. A ignorância crassa dos liberais sobre tudo isso leva-os a construir esquemas de um mundo econômico que funcionaria perfeitamente apenas com base nas leis venais da oferta e procura. 

Esclarecido isto é um erro cabal crer que empregados serão beneficiados com o fim das leis trabalhistas pelas seguintes razões:

1- É verdade que, sem encargos sociais, haveria mais capital disponível ao empregador para investir; mas nada garante que ele investiria no aumento das vagas de trabalho. 

2- No capitalismo atual vem sendo frequente o investimento pesado em otimização da produtividade o que consiste em ampliar a eficácia da mão de obra. Nesse âmbito o sistema procura fazer que, com o mesmo número de empregados, se produza bem mais que antes. Assim, nada assegura que haveria mais empregos pelo simples fato de não haver encargos que disponibilizassem capital. 

3- Se é verdade que menos encargos tornariam mais fácil a abertura dum empreendimento, não é automaticamente verdade que isso traria empregos com salários maiores. A lógica do sistema, que consiste em maximizar lucros, pode cartelizar o mercado salarial mantendo os pagamentos baixos. Sem encargos não haveria capital para suster os sindicatos. O empregados ficariam a mercê de acordos individuais de trabalho sem mediação de órgãos de representação profissional. Assim poderiam fazer pouco ou nada caso os empresários se articulassem para cartelizar o mercado salarial. 

Liberais poderiam argumentar dizendo que, aumentando o número de empreendimentos haveria mais vagas de trabalho; num quadro de manutenção da oferta de mão de obra isso exigiria o aumento salarial para segurar o trabalhador e manter a produção. Numa situação dessa haveria mais competitividade o que exigiria dos patrões uma política de manutenção da mão de obra com bons salários para poder concorrer com qualidade. Num certo sentido tal argumento faria sentido mas levemos em conta que, num horizonte de liberalismo total, não haveria encargos nem regulação estatal; logo, a competição seria amplíssima e ferocíssima num dado momento; depois deste momento ela seria reduzida pela mesma lógica da concorrência: os mais fortes e mais eficazes venceriam e dariam origem a oligopólios, sobretudo nos nichos mais altos da economia, onde o aporte de capital necessário para investir precisa ser maior. Se, num momento inicial haveria um possível aumento salarial, no momento posterior haveria queda; as empresas que tivessem sido vencidas ou desapareceriam ou iriam se especializar em atender os nichos inferiores da economia, onde a qualidade é menor e os salários pagos são pequenos. As empresas fechadas liberariam mão de obra e barateariam seu preço, reduzindo salários por efeito do aumento de sua oferta. 

Em suma: nada demonstra que o fim dos encargos e das leis trabalhistas irá melhorar a situação do empregado. Outrossim, ainda que a renda média aumentasse, a segurança diminuiria; não haveria mais aposentadoria por invalidez, por exemplo. Não haveria mais licença saúde. Em que condições ficaria um empregado que, tendo exercido seu ofício por dez anos, adquirisse uma doença incapacitante? Se numa sociedade liberal não haveria lugar para direitos trabalhistas haveria para um programa de ajuda pública aos inválidos? Evidente que não. Um programa desse exigiria impostos sobre o mundo da produção, coisa que todo liberal repudia. A única saída para o empregado seria poupar radicalmente durante seus anos de trabalho. A poupança forçada para o tempo de velhice e de uma possível invalidez, reduziria o consumo. Com redução do consumo nas faixas médias e baixas da população, teríamos um impacto profundo na produção. 

O cenário, nesse caso, seria tétrico, mesmo se observarmos a questão apenas dum ponto de vista econômico. Dum ponto de vista social seria mais que tétrico. A seguir esse caminho, veríamos a classe trabalhadora cair no "colo" dos comunistas, pesadelo de qualquer liberal. A tese dos liberais, de que o fim das leis do trabalho trariam prosperidade geral é pouco sustentável e efetivamente arriscadíssima para a sociedade. 

Rafael G. Queiroz. 





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